Por: G1. Foto: Ana Carolina Moreno (G1)
Resolução foi aprovada no fim de maio e vale para o segundo semestre. Segundo o pró-reitor de Graduação, nova regra é ‘mudança de paradigma’.
Uma resolução aprovada pelo Conselho de Graduação da Universidade de São Paulo (USP) abre caminho para o estímulo à internacionalização da universidade. A partir do segundo semestre, os cursos de graduação poderão oferecer disciplinas optativas livres somente em língua estrangeira, sem precisar oferecer as mesmas aulas em português.
A nova regra não vale para as disciplinas obrigatórias e, segundo a assessoria de imprensa da USP, foi aprovada no dia 27 de maio. Para o pró-reitor de Graduação, é uma “mudança de paradigma”.
Em nota divulgada pela assessoria de imprensa nesta sexta-feira (12), o pró-reitor, Antonio Carlos Hernandes, afirma que “até agora, só era permitida a oferta de uma disciplina em língua estrangeira se a mesma fosse também oferecida em língua portuguesa, o que praticamente inviabilizava a iniciativa”.
A mudança da norma, segundo ele, “dá um passo importante para a modernização do ensino de graduação, fortalecendo o seu processo de internacionalização”.
Novas disciplinas
Na USP, há três tipos de disciplinas: as obrigatórias, que todos os alunos de um curso precisam concluir com nota mínima de aprovação, as optativas eletivas, entre as quais os estudantes de um curso são obrigados a escolher um número mínimo para cursar, e as optativas livres, oferecidas a estudantes de qualquer unidade da instituição.
As faculdades, escolas e institutos têm autonomia para criar novas disciplinas, dentro de regras específicas. Mas, segundo a USP, a nova regra determina que a unidade precisa garantir um número suficiente de disciplinas em português para que o estudante possa concluir a graduação, caso não queira cursar disciplinas em língua estrangeira.
Segundo a USP, não há uma expectativa de quantas disciplinas serão ofertadas após a mudança da regra, mas “a expectativa é que a adesão seja significativa, pois as Unidades têm uma boa parte de docentes com fluência em língua estrangeira, além de professores de origem estrangeira que poderão ministrar disciplinas em tópicos especiais”.