POR – MÁRCIO THAMOS EXCLUSIVO PARA A REVISTA NEO MONDO
O despertar da consciência holística tornou-se uma necessidade absoluta e inadiável em nossas relações com o meio ambiente. Desenvolver uma visão de mundo que, mais do que antropológica, seja ampla e profundamente ecológica, arraigar essa visão nas novas gerações a fim de que as consequências ativas de nosso ser e estar no mundo possam integrar-se num todo harmônico, encontrar o equilíbrio sustentável que garanta desenvolvimento saudável as populações, tudo isso são urgências e preocupações relativamente novas que exigem reflexão e engajamento por parte de todos.
A questão ambiental traz em si a virtude da comunhão espontânea entre os povos. Ela nos convida a um entrelaçamento universal de mãos e nos sugere uma dança telúrica, viva e ritmada, em que os gestos de cada um sejam a um tempo causa e consequência do júbilo de se sentir de fato integrado a esse todo maior ao qual denominamos humanidade.
Amor à vida exige razão e solidariedade – atributos necessários a uma sociedade que busca soluções duradouras para a complexa problemática ambiental. Por soluções duradoras não podemos nunca imaginar meios ou métodos definitivos, prontos e acabados.
Como tudo o que envolve o humano, trata-se sempre de estarmos atentos ao processo. Só este é permanente. Daí a necessidade constante do aprendizado ambiental, isto é, do vivo interesse na percepção de tudo o que nos rodeia a fim de encontrarmos formas mais elevadas de interação global, não apenas do ponto de vista físico ou material mas também, e principalmente, de uma perspectiva histórica e espiritual.