POR – ELENI LOPES DIRETORA DE REDAÇÃO DE NEO MONDO
FOTOS – OSCAR LOPES LUIZ
Praias quase desertas, com areias brancas e águas mornas em tons de azul e verde. Dunas, rios e muito verde num trecho preservado de Mata Atlântica. Soma-se a esse cenário paradisíaco uma população acolhedora, que olha nos olhos, conversa sem aquela malícia de tirar proveito do turista. Para os amantes do #turismo #sustentável, um destino obrigatório.
Estamos falando de Sagi, distrito de Baía Formosa, a última praia do litoral sul do Rio Grande do Norte, antes do estado da Paraíba. A chave desta preservação pode ser atribuída, em parte, à dificuldade de acesso. Distante 90 km de Natal e a 120 km de João Pessoa, para chegar é preciso dirigir por 20 quilômetros de estrada de terra vermelha, entre canaviais.
Mas não é só isso: a preservação acompanha o dia-a-dia de seus moradores, uma população simples, que vive majoritariamente do turismo e da pesca e que sabe quase instintivamente do valor da natureza também para sua subsistência. Ao andar pelo vilarejo com cerca de 800 habitantes nos deparamos com cestos de lixos em frente às casas, onde no final da tarde todos se sentam para conversar, jogar dominó ou simplesmente observar o céu, algo distante da rotina dos centros urbanos. É verdade também que a vila começa, aos poucos, a despertar para o turismo e assiste aos primeiros sinais da chegada do progresso, como a juventude se aglomerando nos poucos pontos de wifi para conectar seus smartphones. A internet foi trazida graças aos esforços do carioca Jares Ponciano, proprietário da maior e mais acolhedora pousada local, a Sagi-Iti, e um dos grandes difusores da beleza de Sagi, além de um ativista da preservação e sustentabilidade da região.
Além das belezas naturais, a tranquilidade encontrada em Sagi lhe confere, com todo o mérito, o título clichê de paraíso. A área é privilegiada, com praias cercadas por muito verde, tendo por limites o rio Guaju e a Mata Estrela, que é a maior reserva de mata atlântica em áreas de dunas.
O rio Guaju ganhou importância estratégica e entrou no mapa geográfico da Colônia, em 1611, quando seu curso foi definido como o limite entre as recém-criadas capitanias do Rio Grande do Norte e da Paraíba. Um extenso manguezal acompanha seu curso. Da lagoa para o rio não é permitido nenhum tipo de motor. A canoa é guiada manualmente e o som da natureza é a única companhia. No encontro do rio com o mar, está uma área de mangue onde espécies de peixes, crustáceos e caranguejos se reproduzem.
NEO MONDO traz uma galeria de fotos exclusivas de #Sagi. Conheça um pouco deste paraíso que ainda resiste ao turismo desenfreado e muitas vezes predatório.
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