POR – SENAI/FIRJAN
Aqui vamos contextualizar como e por que as mudanças climáticas já são uma realidade, um breve histórico das discussões mundiais e das tendências advindas da COP 21 – Acordo de Paris.
A atmosfera é uma camada de gases e material particulado (aerossóis) que envolve a Terra, essencial à vida, composta por nitrogênio, 78%, oxigênio, 21%, e argônio, 0,9%. O restante (0,1%) é ocupado por outros gases, onde o dióxido de carbono (CO2) corresponde a 38,5%. Além dos gases citados, o ar atmosférico também apresenta vapor de água (cuja quantidade depende de alguns fatores como clima, temperatura e local).
Esses gases agem como isolantes, absorvendo parte da energia irradiada e retendo o calor do Sol na atmosfera, como uma espécie de cobertor em torno do planeta. O efeito estufa é um fenômeno natural de aquecimento térmico da Terra. É imprescindível para manter a temperatura do planeta em condições ideais de sobrevivência e desenvolvimento das espécies. Sem ele, a Terra seria muito fria.
Acontece da seguinte forma: os raios do Sol, ao serem emitidos à Terra, têm dois destinos: parte é absorvida e transformada em calor, mantendo o planeta quente, enquanto outra parte é refletida e direcionada ao espaço, como radiação infravermelha. Isso por causa da ação refletora de uma camada de gases do efeito estufa em torno da Terra, conforme mostra a figura.
Nas últimas décadas, contudo, a concentração natural desses gases isolantes tem aumentado pela ação do homem, com a queima de combustíveis fósseis, o desmatamento, agropecuária e produções industriais. A intensificação dessas emissões faz com que parte desses raios não voltem para o espaço, provocando uma elevação na temperatura do planeta, o aquecimento global e mudanças climáticas.
Os gases do efeito estufa (GEEs), misturando-se à atmosfera, formam uma camada que retém o calor solar próximo à superfície terrestre, agravando as mudanças climáticas. As consequências são: aquecimento global; derretimento das calotas polares e aumento do nível dos mares; aumento de furacões, maremotos, ciclones, terremotos e enchentes; extinção de animais e plantas que sofrem pelas alterações em seus habitats, com perda da biodiversidade; redução das safras agrícolas, além de grandes impactos na saúde humana. As mudanças climáticas e o aquecimento global tornaram-se questões essenciais no mundo.
Em razão dos impactos relacionados à mudança do clima, muitas iniciativas de governo procuram medidas para a redução das emissões dos GEEs por meio de ações de políticas públicas e a promoção de programas para contenção das mudanças climáticas.
O setor industrial já é regulado por algumas políticas climáticas. No estado do Rio alguns segmentos são obrigados a elaborar inventários de emissões e planos de mitigação. Há uma tendência de atribuir um preço às emissões como uma estratégia para a implementação de uma economia de baixa emissão de carbono.