POR – CENTRAL PRESS
Fórmula dos espaços de trabalho compartilhados é a nova aposta para incentivar o empreendedorismo.
Os coworkings se consolidaram de forma rápida, inovando um modelo de trabalho até então pouco explorado no Brasil. A ideia por trás desses locais é simples: unir trabalhadores autônomos, freelancers e empreendedores em um mesmo espaço. Além de poderem trocar contatos e experiência, o compartilhamento de custos fixos – como água, energia, equipamentos, internet, limpeza e recepção de clientes – torna o coworking uma melhor opção orçamentária frente a um ponto comercial próprio.
Nos últimos cinco anos, os espaços de trabalho compartilhado saltaram de cerca de 70, em 2013, para mais de 800. Esse foi um dos poucos mercados que conseguiu crescer diante da crise econômica no Brasil. De acordo com o Censo Coworking Brasil 2017, há 810 espaços de coworking no país – um aumento de 114% em relação a 2016. E esses números só tendem a aumentar.
Em 2017, espaços de trabalho compartilhados segmentados se proliferaram pelo país. Em Recife, um coworking gastronômico chamado Benedito é compartilhado por cozinheiros amadores e profissionais que contam com estrutura de restaurante sem ter que, necessariamente, montar um. No setor financeiro, o Itaú Unibanco lançou, há quase dois anos, o coworking Cubo. Em dezembro, será a vez do Bradesco, que inaugura um coworking de dez andares em São Paulo, para abrigar fintechs, startups, parceiros e também clientes que tenham relação com o universo da inovação.
A área da saúde também já entrou na onda: em Belo Horizonte, médicos e dentistas compartilham consultórios e equipamentos no Life&Co. Recém inaugurado em São Paulo, o OasisLab é um coworking voltado a projetos inovadores no setor de varejo, com uma loja laboratório para integrar inovações como Inteligência Artificial e Big Data, buscando soluções automatizadas para desafios como momento de ativação de clientes, personalização de ofertas, respostas de canais e segmentação.
O conceito de espaço compartilhado está chegando a lugares nunca antes imaginados, com o objetivo de estimular o empreendedorismo e difundir a inovação a novos públicos. Em Cuiabá, por exemplo, o Pantanal Shopping abriga um coworking público gratuito, que funciona todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados, das 10h às 22h.
Espaço Coworking da Universidade Positivo
Crédito: Divulgação
Na capital paranaense, o coworking chegou ao ambiente universitário. Para estimular o empreendedorismo e a interdisciplinaridade, a Universidade Positivo (UP) criou o Coworking Espaço Empreendedor, dentro do câmpus de 400 mil metros quadrados, localizado no bairro Ecoville. Os projetos dos estudantes estão sendo desenvolvidos com o apoio de mentores especializados. Professores da UP e empreendedores de Curitiba oferecem assessoria nas áreas de negócios, tecnologia, finanças, jurídica e recursos humanos. Entre os projetos selecionados estão startups voltadas para venda de serviços culturais, energia renovável, comércio varejista, economia e ciências contábeis. Para garantir a interdisciplinaridade dos projetos, as equipes são compostas por alunos de diferentes cursos da universidade.
Câmpus Ecoville da Universidade Positivo, em Curitiba
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