POR – GREENPEACE
Premiado no festival inglês Raindance Film Festival, produção foi eleita pelo júri como a melhor experiência de impacto social
Cápsula exibe o filme em realidade virtual sobre a luta do povo Munduruku (Luciana Camargo/Greenpeace)
O filme em realidade virtual “Munduruku: a batalha para defender o coração da Amazônia” foi premiado na 25ª edição do Raindance Film Festival, o maior festival de filmes independentes do Reino Unido e um dos mais prestigiados festivais de produções independentes do mundo. Ele foi eleito pelo júri como a melhor experiência de impacto social. Em junho, o filme já havia recebido o prêmio “Alternate Realities Audience Award” (“Realidade Alternativa”) do público presente no festival Sheffield Doc realizado na Inglaterra.
O filme retrata o modo de vida do povo Munduruku e sua luta para manter o Rio Tapajós vivo e livre de barragens. Se viabilizadas, as hidrelétricas que o governo brasileiro planeja construir na região vão destruir uma grande área de floresta e, junto, o modo de vida deste povo.
A produção foi lançada em São Paulo na exposição “Experiência Munduruku”, uma viagem multissensorial de realidade virtual simulando uma visita à aldeia Sawre Muybu, do povo Munduruku, às margens do rio Tapajós, no Pará. “A experiência pretendeu aproximar os moradores das grandes cidades da realidade dos povos da floresta, proporcionando um sentimento sobre a importância de se proteger a Amazônia – não apenas para as comunidades locais, mas para todo o mundo” disse Tica Minami, coordenadora da campanha da Amazônia do Greenpeace.
Cápsulas simulam visita a uma aldeia do povo Munduruku, no Pará, com vídeo de realidade virtual e estímulos táteis, auditivos e olfativos (Luciana Camargo/Greenpeace)
A partir do dia 03 até 07 de outubro, quem estiver por São Paulo poderá prestigiar a Experiência Multissensorial Munduruku no “Tour de Realidades Alternativas”, que integra a versão itinerante do festival Sheffield Doc e acontece no Instituto Unibes Cultural (inscrições podem ser feitas neste link). A produção concorre ainda a outro importante prêmio internacional: o Future of Storytelling People’s Choice Award, em que o público pode votar para eleger o vencedor. Para participar,é possível votar neste site (em inglês).
O filme é resultado de uma parceria de dois anos do Greenpeace com duas premiadas instituições, o estúdio britânico de realidade virtual Alchemy VR e o projeto The Feelies, especializado em experiências multissensoriais. Para permitir uma imersão completa na aldeia, o estúdio desenvolveu uma câmera com oito lentes para captação 360 e foram usados microfones binaurais que gravam 360 graus de áudio completos para complementar a filmagem. Enquanto isso, The Feelies mapeou os ambientes da aldeia sensorialmente, como a captura de vibrações, mudanças de temperatura e ventos e registro dos aromas.
Desde 2013, o Greenpeace é aliado do povo Munduruku na luta pela demarcação da Terra Indígena Sawré Muybu e contra a construção de hidrelétricas no Tapajós, buscando manter o rio livre e vivo.
Saiba mais e apoie a luta do povo Munduruku: www.tapajos.org