POR – CENTRAL PRESS / NEO MONDO
Nesta semana, Sergio Lucena Mendes assumiu a diretoria do Instituto Nacional da Mata Atlântica
O biólogo, professor de Zoologia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, Sergio Lucena Mendes, foi nomeado nesta segunda-feira (27), diretor do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA). O anúncio foi feito por meio do Diário Oficial da União.
O plano de gestão apresentado por Lucena e aprovado pelo Ministério é norteado por três grandes programas, que abordam os principais desafios e oportunidades da nova entidade. “Reforçar e estimular o histórico da instituição é nossa principal missão, além de novos objetivos que vamos abraçar. Conservar e restaurar a Mata Atlântica, principalmente na região serrana do Espírito Santo, e disseminar a importância disso para a população são desafios que vão reger nossa atuação”, explicou o diretor.
Entre as ações, estão contempladas a recuperação e conservação da Mata Atlântica em propriedades privadas da região, que dominam grande parte do território do estado. “Nossa equipe está estudando os melhores métodos para executar essa tarefa, de modo que atenda às características locais. Não adianta trazer uma solução de fora, que não se aplica ao bioma e aos costumes da população”, comenta Lucena. Técnicas como plantio de mudas, distribuição de sementes e modelos de conservação baseadas em pagamentos por serviços ambientais estão entre as iniciativas analisadas.
A popularização da ciência e a conscientização da população também estão no tripé que sustenta a gestão do Instituto. Para Sérgio Lucena, divulgar os dados e pesquisas científicas para a comunidade beneficia a todos e estimula o desenvolvimento sustentável. “Já está mais que comprovado que a conservação de áreas naturais é essencial para nossa sobrevivência e para nosso desenvolvimento. Fontes hídricas secam com o desmatamento e as lavouras sofrem por falta de polinizadores. Todos sentimos as consequências do impacto sofrido pelo meio ambiente”, alerta.
A criação de uma rede de compartilhamento de informações sobre a Mata Atlântica e fortalecer a interação entre órgãos geradores de conhecimento vai complementar o plano de gestão do Instituto Nacional da Mata Atlântica. “Firmar nossa atuação nacional será a grande meta do Instituto. E só conseguiremos isso com a parceria e cooperação da iniciativa pública e privada brasileira”, afirma Lucena.
Passado, presente e futuro
O INMA nasceu a partir da transferência do Museu de Biologia Professor Mello Leitão (MBML), criado em 1949, para a estrutura do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em 2014. Localizado no município de Santa Teresa (ES), a estrutura do Instituto abrange duas estações biológicas: a Estação Biológica Santa Lucia e a Estação Biológica São Lourenço, destinadas para fins de pesquisas nas áreas de zoologia, ecologia e botânica, além do MBML, que conta com um acervo de 22 mil itens, entre obras e periódicos voltados para a área biológica e coleções de botânica e zoologia, que juntas possuem mais de 95 mil amostras de diversas espécies do bioma.