POR – CENTRAL PRESS / NEO MONDO
Instalação de painéis fotovoltaicos pode reduzir a conta de luz em mais de 60% e causar menos impacto ao meio ambiente
A preocupação com o meio ambiente e o desejo de diminuir os gastos com a conta de luz têm feito com que, cada vez mais, os consumidores optem por sistemas de energias mais sustentáveis, como a solar. Segundo o relatório “Tendências globais no investimento em energias renováveis 2018”, publicado pela ONU Meio Ambiente no início deste ano, somente em 2017, o mundo instalou um recorde de 98 gigawatts (GW) de nova capacidade solar e investiu cerca de 160,8 bilhões de dólares nesse tipo de energia – um aumento de 18% na comparação com o ano anterior, e mais do que qualquer outra tecnologia.
“Quando ampliamos a geração de energia para consumo advinda de fonte solar, deixamos de impactar diretamente sobre o meio ambiente, evitando a construção de grandes hidrelétricas que provocam perda de biodiversidade, com supressão de vegetação e barragem de rios, e evitamos a liberação de gases de efeito estufa (termelétricas a gás ou carvão mineral). Os benefícios são imensos”, explica o doutor em Ecologia pela Universidade Federal de Minas Gerais, pós-doutor pela University of Wisconsin (EUA) e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, Fabiano Melo.
Apesar das vantagens ao meio ambiente e do aumento na procura por esse tipo de energia, a compra e instalação de painéis solares ainda custam caro, sobretudo no Brasil. Entretanto, o investimento vale a pena, especialmente quando observados o potencial de valorização do imóvel com placas solares, que varia de 3% a 6%, segundo pesquisas do Departamento de Energia dos Estados Unidos, e a redução da conta de luz, que pode ultrapassar facilmente os 60%. “A compra e instalação de um sistema fotovoltaico para uma residência custa a partir de R$ 20 mil, podendo chegar a R$ 120 mil em uma casa de alto padrão. Por outro lado, a pessoa recupera rapidamente esse investimento, tendo em vista a redução significativa no valor da conta de luz”, avalia André Marini, diretor comercial da Ademilar Consórcio de Investimento Imobiliário.
Consórcio: alternativa para compra
Uma alternativa para driblar os altos custos de compra de um sistema fotovoltaico em casa ou na empresa está no consórcio, que funciona como uma poupança programada, sem a cobrança de entrada e juros. “É um sistema de autofinanciamento, no qual as pessoas vão pagando parcelas para formar um fundo. Quanto mais o grupo arrecada, melhor para os participantes”, explica Marini.
Especialista em consórcio de imóveis, a Ademilar conta com planos diversos para a compra de painéis solares. Os créditos variam de R$ 85 mil reais a R$ 2 milhões, com parcelas a partir de R$ 360. O crédito é atualizado anualmente com base no INCC (Índice Nacional de Custo de Construção), o que garante poder de compra. Vale frisar que a compra do sistema fotovoltaico, por meio do consórcio, pode ser feito se o consorciado optar pelo processo de reforma.
O consórcio pode ser feito tanto por pessoas físicas como jurídicas. As contemplações mensais acontecem por sorteio e lances. Além disso, o consumidor pode contar com consultoria para saber qual sistema fotovoltaico adotar, de acordo com o valor gasto em energia. “O cliente entrega a conta de luz e a empresa que faz a parceria com o licenciado Ademilar já desenvolve o projeto ideal para cada cliente”, finaliza Marini.
Usina solar a custo zero
Uma usina solar que gera energia para utilização no câmpus Ecoville da Universidade Positivo, em Curitiba, acaba de entrar em funcionamento. A geração é equivalente ao abastecimento de 46 residências e deixa de emitir 8 toneladas de CO2 por ano na atmosfera. A grande novidade é que para implantar a tecnologia a instituição não teve custo. A transação utilizada foi viabilizada por meio da Alexandria – empresa brasileira de tecnologia especializada em energias renováveis – que buscou uma alternativa que tivesse o pagamento mensal menor do que o custo com a concessionária de energia. “Além de ter uma economia imediata, outra vantagem é que depois de um período, a usina passa ser propriedade do cliente a custo zero”, afirma o empresário Alexandre Brandão responsável pelo negócio.
Usina solar no câmpus Ecoville da Universidade Positivo, em Curitiba
Créditos: Divulgação/Universidade Positivo
Segundo Brandão, os repasses mensais dos clientes são revertidos em LexTokens, a unidade de financiamento das usinas. A instalação da usina solar nesse modelo é apenas a primeira fase de implantação de um grande projeto. A Universidade Positivo montou um estudo de implementação de forma faseada, que irá combinar vários tipos de energias renováveis e deve seguir no próximo ano com objetivo de dar autossuficiência energética para o grupo.
De acordo com o gerente de Serviços Administrativos da Divisão de Ensino do Grupo Positivo e Gestor do Projeto de Eficiência Energética, Jair Bordignon, a Universidade Positivo já buscava uma solução sustentável há algum tempo. “A usina solar é fundamental tanto do ponto de vista ecológico, quanto do acadêmico. Os estudantes de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Elétrica e Engenharia de Energia, por exemplo, podem utilizar a usina para a prática pedagógica. Além disso, a usina integra o Sistema de Gestão Ambiental da instituição, que já conta com o mercado livre de energia” explica.