POR – APPROACH COMUNICAÇÃO / NEO MONDO
A ação — que acontece nos dias 20 e 21 de maio — faz parte do projeto REFAUNA
Apesar de contar com uma extensa área verde de preservação e de abrigar uma das maiores florestas urbanas do mundo, o Parque Nacional da Tijuca é empobrecido de animais nativos. Na tentativa de reverter esse cenário, uma ação conjunta de pesquisadores da UFRJ e UFRRJ — em parceria com o corpo técnico do ICMBio, do RioZoo e do Instituto Conhecer para Conservar — libera 14 cutias (Daysprocta leporina) no local. A ação foi dividida em dois dias: nesta segunda-feira (20) e terça-feira (21).
— A floresta do Parque Nacional da Tijuca passou por um processo de desmatamento e posterior reflorestamento que a transformou em uma floresta vazia, com poucos animais em seu interior. A reintrodução de espécies ajuda a devolvê-las a áreas onde tinham sido localmente extintas. Nós temos o compromisso com a conservação deste patrimônio — afirma Fernando Sousa, diretor Institucional e de Sustentabilidade do Grupo Cataratas e do Instituto Conhecer para Conservar.
Criadas soltas e convivendo ao lado dos visitantes do RioZoo e do Campo de Santana, as cutias ficaram em quarentena dentro do RioZoo, onde foram monitoradas pelas equipes de veterinários e biólogos, que realizaram exames para atestar a sua saúde.
— Ao serem reintroduzidas na natureza, as cutias terão o importante papel de restabelecer as interações ecológicas perdidas com a defaunação. As cutias têm papel fundamental na dispersão das sementes e ajudam a manter a floresta de pé — explica Catharina Kreischer, bióloga e pesquisadora do REFAUNA.
Após a soltura, as novas moradoras do parque serão acompanhadas por radiotelemetria e, futuramente, poderão ganhar a companhia de outros animais, como bugios, jabutis e araras.