POR – APPROACH COMUNICAÇÃO / NEO MONDO
O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) reuniu nesta quinta-feira (23/5) empresas de diversos setores da economia em um seminário que debateu o endereçamento da sustentabilidade empresarial para a promoção da inovação, preservação ambiental e transformação social, com base nos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). O cenário atual e as estratégias necessárias para que o Brasil cumpra os ODS nortearam as discussões.
Para Marina Grossi, presidente do CEBDS, a agenda da ONU para a promoção do desenvolvimento sustentável só será alcançada se toda a cadeia estiver engajada. Para isso, o World Business Council For Sustainable Development (WBCSD) está mapeando como cada setor pode contribuir para o alcance das metas. “O empresariado está entendendo seu papel na implementação dos ODS e o governo também precisa entender a sua parte. Tem que ser uma parceria. Não é empresa de um lado e governo de outro, são todos juntos”, disse Marina.
Marina Grossi, presidente do CEBDS – Foto: Divulgação
“Os ODS mudam a estratégia dos negócios para focar na redução do impacto negativo e estimular a atuação empresarial mais positiva. Mas não conseguiremos evoluir se não trabalharmos juntos: empresas, governos e sociedade”, concordou Luiz Carlos Xavier, coordenador de Desenvolvimento Sustentável da Braskem. “A iniciativa privada tem uma capacidade de organização muito grande e papel forte de pressão junto ao governo”, completou Luis Fernando Guggenberger, head de Inovação e Sustentabilidade do Instituto Vedacit.
A resiliência dos negócios foi um dos pontos mais debatidos. O CEBDS defende que a conduta empresarial social e ambientalmente sustentável é fator de segurança para a economia interna e de competitividade em relação ao mercado internacional.
“Os próximos dez anos serão determinantes para a continuidade dos negócios. Uma empresa que não se preocupa com seu impacto social e ambiental não terá lugar nas prateleiras na próxima década”, ressaltou Denise Hills, superintendente de Sustentabilidade e Negócios inclusivos do Itaú. “Um dos nossos maiores desafios é como trabalhar com nossos diferentes parceiros, impactando no usuário final. Fazer esse desenvolvimento na ponta deve ser uma meta”, disse Barbara Tufano, gerente de Marketing da Ecolab.
“Nós empresas já temos parcerias estabelecidas – comerciais, técnicas e de serviços – por que não usar essas parcerias para ampliar o leque?”, sugeriu Cristiano Resende de Oliveira, Consultor em Sustentabilidade da Suzano. Consenso entre os participantes do seminário, inovação tecnológica e sustentabilidade são fatores aliados que impulsionam novas soluções e modelos de negócios de valor social e ambiental para a sociedade. “Ciência e tecnologia são essenciais para descobrirmos soluções para os desafios de como podemos contribuir efetivamente para os ODS”, disse Zenaide Guerra, diretora de Comunicação e Relações Governamentais da DSM Latam.