Este e outros dados estão no levantamento divulgado pela ONG norte-americana Out & Equal Workplace Advocates
Por Eleni Lopes
Recentemente, nos Estados Unidos, o termo LGBT, que representa lésbicas, gay, bissexuais, travestis e transsexuais, foi acrescentado da sílaba Q, que abrange o termo Queer, englobando todas as orientações e identidades, sem se especificar em apenas uma delas. No Brasil, a sigla ficou conhecida como LGBTI+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e intersexuais).
Independente do país, o preconceito e as dificuldades que a população LGBTI+ enfrenta no dia a dia profissional são muitas e diversas. Por isso, a ONG norte-americana Out & Equal Workplace Advocates divulgou o retrato da equidade no ambiente de trabalho nos Estados Unidos. A entidade é a principal organização sem fins lucrativos do mundo dedicada a alcançar a igualdade no local de trabalho lésbico, gay, bissexual, transgênero e gay.
O levantamento deve ser repetido em outros países, mas reproduzimos aqui os números norte-americanos, com a certeza que eles podem refletem, de alguma forma, a realidade nacional também:
• 46% dos trabalhadores LGBT relatam estarem ‘no armário” no trabalho;
• Um em cada quatro funcionários LGBTQ sofreram discriminação no emprego nos últimos cinco anos nos EUA;
• A taxa de desemprego dos transexuais é duas vezes superior à media nacional nos EUA;
• A taxa de desemprego para a comunidade LGBT é de 13%; na população não LGBT o índice é 9% dos americanos;
• 27% das pessoas transexuais que tiveram ou se candidataram a um emprego no ano passado relataram ter sido demitidas, não contratadas ou negadas as promoção devido à sua identidade de gênero;
• Um em cada 10 funcionários LGBTQ deixou um emprego porque o ambiente era pouco acolhedor;
• 52,8% dos funcionários LGBTQ relatam que a discriminação afetou negativamente seu ambiente de trabalho;
• 51% dos indivíduos LGBTQ consideraram mudar-se para um novo local para viver em uma comunidade que aceita melhor todas as orientações sexuais / identidades de gênero.
Apesar das estatísticas alarmantes, no levantamento da Out& Equal é possível sentir uma onda de otimismo para a mudança do cenário nos Estados Unidos:
• 70% dos americanos dizem apoiar as leis federais que protegem as pessoas transgênero contra discriminação no emprego, moradia, acomodações públicas e crédito;
• 81% dos americanos acreditam que as empresas não devem ser autorizadas a negar serviços às pessoas com base em sua orientação sexual ou identidade de gênero;
• 75% dos americanos acreditam que os negócios devem estar abertos a todos e servir a todos nos mesmos termos;
• 89% dos americanos dizem que de certa forma apoiam ou fazem compras em uma empresa que não discrimina orientação sexual ou identidade de gênero, juntamente com raça, etnia, nacionalidade, sexo, religião ou deficiência;
• Hoje, 83% das empresas da relação Fortune 500 incluem identidade de gênero em políticas de não-discriminação.
Fonte: http://outandequal.org/app/uploads/2019/03/2019-LGBTQ-Fact-Sheet.pdf