Pirarucu – Foto/Reprodução
POR – AGÊNCIA LACOMUNICA / NEO MONDO
Festival Gosto da Amazônia será realizado de 20/09 a 6/10, com pratos inéditos feitos com o maior o peixe de água doce do mundo e produtos de origem amazônica
O Cadeg abre suas portas para receber e etapa final do projeto cujo objetivo é melhorar a qualidade de vida das comunidades envolvidas no manejo do pirarucu selvagem da Amazônia. Originário da bacia Amazônica, o pirarucu pode chegar até três metros de comprimento e 200 kg. O manejo, presente hoje em 34 áreas protegidas, é uma prática de uso sustentável que começou a ser implementado em 1999 e que garante a sobrevivência da espécie, soberania alimentar e renda aos indígenas e ribeirinhos e contribui para a conservação da Floresta.
A primeira edição do Festival Gosto da Amazônia chega ao Rio para enriquecer a gastronomia da cidade, com a intenção de entrar para o tradicional calendário de eventos do Cadeg. Para participar do Festival, cada restaurante criou um prato original à base do pirarucu de manejo, enquanto outros estabelecimentos trouxeram produtos sustentáveis direto da Amazônia, como café, castanha do Brasil, óleos e farinhas especiais, acessórios artesanais e o próprio pirarucu congelado, que estará à venda nos empórios do Cadeg.
Castanha do Brasil – Foto/Pixabay
O Projeto Gosto da Amazônia começou em março deste ano com 15 chefs do Rio de Janeiro, que testaram e aprovaram o pirarucu de manejo. Em seguida, oficinas foram realizadas no SindRio para cerca de 250 pessoas, e no mês de julho nove chefs viajaram para as Terras Indígenas Paumari, a fim de conhecer de perto, no sul do Amazonas, o manejo e seus benefícios. Entre eles, Marcelo Barcellos, do restaurante Barsa, que no festival vai apresentar a “moqueca de pirarucu refogada no azeite com alho e hadock de congro negro, acompanhada de arroz de brócolis e farofa de farinha amarela d´água do Amazonas, com castanhas e frutas seca”.
Segundo Barcellos, o paladar delicado do pirarucu, abre um leque de possibilidades de preparo, além de funcionar como contraponto a um molho mais marcante. “Os fatores que mais se destacaram foram o sabor, sem nota de terra, muito comum em peixe de água doce, a aparência nobre, limpa, alta cor clara com as camadas marcantes”, elogiou o chef do Restaurante Barsa.
Antes de chegar ao Cadeg, o Gosto da Amazônia também marcou presença também no Rio Gastronomia, evento que reuniu cerca de 60 mil pessoas em agosto no Píer Mauá, e onde foram servidas quase três mil porções de pratos com pirarucu. Em setembro, 28 estabelecimentos do Mercado participarão do Festival, entre restaurantes com pratos inéditos, empórios, lojas de bebidas e acessórios, além de uma programação de aulas e atividades infantis nos fins de semana.
O projeto Gosto da Amazônia é fruto da cooperação internacional entre o governo do Brasil e dos EUA, executada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Serviço Florestal dos EUA (USFS), com recursos da Agência para o Desenvolvimento Internacional dos EUA (USAID), e apoio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ), e participação da Operação Amazônia Nativa (OPAN), Conservação Estratégica (CSF), Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), Memorial Chico Mendes (MCM), Associação dos Produtores Rurais de Carauari (ASPROC) e Associação dos Comunitários que trabalham com Desenvolvimento Sustentável no Município de Jutaí (ACJ), Instituto Maniva e o Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SINDRIO).
Festival Gosto da Amazônia
Local: CADEG – R. Cap. Félix, 110 – Benfica, Rio de Janeiro – RJ, 20920-310
De 20/09 a 06/10/2019