Desmatamento na Amazônia – Foto: Divulgação
POR – WWF / NEO MONDO
Em coletiva de imprensa realizada ontem (20/11), o Ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles apresentou o posicionamento do governo brasileiro para a Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas (COP25), que será realizada em Madri, Espanha, no começo de dezembro
Salles salientou que sua missão na COP25 será obter recursos para a Amazônia, contradizendo ações anteriores de sua gestão que paralisaram o Fundo Amazônia. O ministro também criticou o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), dizendo que ele não saiu do papel porque só reuniu “ideias”. Apesar disso, o ministro apresentou genericamente eixos de ação que já constam no PPCDAM.
“Seguimos sem um plano concreto para conter o desmatamento na Amazônia. O ministro Ricardo Salles apresentou um conjunto de ideias que não serão suficientes para conter o atual ritmo de destruição da Amazônia”, afirma Mauricio Voivodic, diretor-executivo do WWF-Brasil. “Não existe ambientalismo de resultados sem metas, prazos, atribuições e recursos. Sem isso, nenhum plano é efetivo”, completa.
O PPCDam, criado em 2004, está parado no atual governo, que também extinguiu o departamento de florestas e combate ao desmatamento do MMA, reduziu o número de fiscais do IBAMA e paralisou o Fundo Amazônia. Faltou também lembrar que em ocasiões anteriores, quando o desmatamento da Amazônia atingia picos, eram deflagradas ações e planos concretos, com metas, prazos, atribuições e recursos. Essas respostas ainda não foram dadas pelo atual governo.
Desmatamento na Amazônia foi de 9.762 km2 e é maior número desde 2008