Paisagem: uma das imagens da obra ‘Serra do Amolar’, de Araquém Alcântara
POR – BAOBÁ COMUNICAÇÃO / NEO MONDO
Nesta terça-feira, dia 11, uma equipe liderada pelo presidente do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), Angelo Rabelo, e composta por cinegrafistas da Eureka Filmes, de Corumbá (MS), embarca para uma imersão na região do Delta do Okavango. A expedição, que conta com apoio da iniciativa ‘Documenta Pantanal’, do SOS Pantanal e também de Alexandre Bossi (Pandhora Investimentos), deve se estender por dez dias e é fruto de uma ideia inicial do empresário Roberto Klabin (proprietário do Refúgio Ecológico Caiman). Após várias idas ao continente africano, ele pensou em trazer para o Brasil o exemplo bem-sucedido de Botswana em relação à conservação de áreas de natureza e incentivo ao turismo de observação.
A concepção deste intercâmbio, lembra Klabin, começou há cerca de três anos, quando o SOS Pantanal trouxe um especialista em turismo em áreas de conservação de Botswana para proferir palestras em Campo Grande, Cuiabá e Brasília. Nesses encontros, ficou visível para os empresários do Pantanal a necessidade de aprenderem com o país africano e aplicarem no Brasil as mesmas boas práticas que mudaram radicalmente uma área alagada de 15 mil km2, transformando a região do delta em referência internacional quando se fala de conservação e turismo de observação.
Nesta viagem, que ocorre a convite da empresa africana Natural Selection, que pretende se instalar no Pantanal, o grupo brasileiro irá conhecer in loco a experiência que inseriu o Delta do Okavango no mapa mundial como referência do turismo de natureza e de conservação de vida selvagem.
“A expectativa de conhecer um caso de sucesso de turismo em áreas de conservação como uma alternativa de negócio vai ao encontro daquilo que temos buscado nos últimos 30 anos para o Pantanal, que, além de suas atividades tradicionais, como a pecuária, é cenário de uma exuberante vida selvagem. Vamos conhecer a experiência do Okavango, que se tornou um exemplo de oportunidades para empresários e população, construindo uma estratégia em que todos sobrevivem, a natureza é protegida e as pessoas passam a ter qualidade de vida e os negócios acontecem”, afirma Rabelo.
A ida dos cinegrafistas para Botswana tem uma justificativa, de acordo com a organizadora do Documenta Pantanal, a produtora Mônica Guimarães. “Durante a permanência deles serão produzidos filmes de curta duração dos diferentes aspectos da bem-sucedida experiência do Okavango, abrangendo desde as questões de preservação ambiental à infraestrutura hoteleira, os quais posteriormente, serão exibidos nas redes sociais dos integrantes de nossa iniciativa, empresários que atuam no Pantanal”, antecipa.