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POR – FLEISHMAN HILLARD BRASIL / NEO MONDO
Uma ação antes corriqueira nas áreas produtivas florestais e nas de preservação ambiental, o furto de madeira nas propriedades da Bracell acumula uma queda de 98,4% entre 2013 e 2020
De acordo com Douglas Pithon, gerente de Segurança Patrimonial da empresa, o resultado se deve, basicamente, a três fatores: ações integradas de inteligência em consonância com o reforço e preparo da equipe de vigilantes, à adoção de aparato tecnológico adequado e às ações de relacionamento e conscientização realizada pelos agentes junto aos moradores das comunidades rurais. “Atuamos de forma integrada, somando esforços em diversas frentes para que o trabalho apresente um resultado mais efetivo”, explica Douglas.
Com um efetivo fixo de 140 profissionais, entre próprios e terceiros, e outros 25 temporários no verão, o time de Segurança Patrimonial da Bracell responde pela proteção de áreas produtivas, combatendo crimes ambientais como incêndios propositais, caça e pesca predatórias, realizando a vigilância das operações florestais e das áreas de vegetação nativa da empresa e resgatando animais silvestres em situação de risco. Graças ao trabalho desta equipe, não apenas os furtos de madeira foram reduzidos. Também a ação de caçadores diminuiu 95,2%, enquanto os registros de incêndios criminosos caíram 72% nos últimos anos.
Resultados assim exigem preparo e capacidade de persuasão, como explica Valdinei Ressurreição, coordenador de Segurança Patrimonial da empresa. “Temos o grande desafio de mostrar às pessoas a importância da preservação do meio ambiente porque, por trás da prática da caça e pesca predatória, por exemplo, existe uma forte questão cultural que passa de pai para filho”, explica ele. “Procuramos mostrar às comunidades que estas práticas são proibidas, portanto é preciso cumprir a lei e proteger o meio ambiente”, acrescenta.
Uma iniciativa de destaque é o programa Amigos da Floresta, voltado à prevenção e combate de incêndios florestais que têm como principais causas o vandalismo e o despreparo de produtores rurais para lidar com as técnicas de queimadas. “Muitos pensam que, por serem proprietários dos terrenos, podem atear fogo livremente. Mas não é assim. É preciso haver licença dos órgãos ambientais para esta atividade”, explica ele. “Por isso, nós conversamos com os produtores rurais, orientando-os sobre os procedimentos corretos e dando suporte em situações em que o fogo foge ao controle nas suas áreas.
Neste contexto, o “trabalho de formiguinha” no relacionamento com os vizinhos é essencial. “Quase sempre, os delitos não abrangem grandes áreas, mas são muitas pequenas áreas, o que gera um impacto final significativo. Sabemos das mazelas enfrentadas por muitas famílias. Por isso, durante todo o ano, arrecadamos alimentos e os distribuímos para os mais necessitados. Assim, os moradores sabem que nossa preocupação não é apenas com os ativos da Bracell; a gente também se preocupa com as áreas deles, com as pessoas e com o desenvolvimento das comunidades. Por isso, temos um retorno mais significativo do nosso trabalho”, destaca Ressurreição. “Da mesma forma, nossas rondas inibem alguns tipos de delitos na comunidade. E isso é muito importante para os moradores porque chegamos onde a segurança pública não chega”, finaliza.
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