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POR – CENTRAL PRESS / NEO MONDO
Governo fez alerta que chuvas dos últimos dias não são suficientes para solucionar estiagem severa
Com nível dos reservatórios da Região Metropolitana de Curitiba abaixo dos 30%, novas medidas de redução do consumo de água foram implantadas no Paraná, que vive a pior crise hídrica dos últimos 50 anos. O cenário, que já era crítico há dois meses, quando os reservatórios indicavam 43% da capacidade total, piorou e levou a Sanepar a adotar um novo formato de rodízio no estado. As casas de Curitiba e região metropolitana devem ficar 36 horas com abastecimento de água normal e outras 36 horas sem água. A Campanha Meta 20 também propõe que a população economize 20% no consumo de água.
Nesse cenário, além de ser essencial a colaboração da população para economizar água em casa, as indústrias assumem um papel importante na redução de consumo no estado. Na Alegra, indústria de alimentos de origem suína, a crise no abastecimento só não afetou a produção porque toda a água utilizada é captada e tratada em uma estação própria. Apesar disso, a busca por formas de gerir melhor o uso da água e também evitar desperdícios é diária.
De acordo com o Supervisor da Estação de Tratamento de Águas e Efluentes da Alegra, Rogério Rodrigues Penaroti, gráficos são usados para monitorar em tempo real o volume de consumo na fábrica. “Nós temos medidores que monitoram o fluxo hídrico 24h por dia, com esses dados conseguimos fazer levantamentos de onde precisamos melhorar, quais setores têm um gasto maior e facilita também a identificação de falhas, como vazamentos”, explica.
A empresa também apresentou novos projetos para gerar mais economia e também nos processos de reutilização de água no setor. “Por determinações sanitárias, as águas que atendem os padrões de reutilização não podem ser aplicadas em todos os setores da produção. Por isso, fizemos uma proposta para usarmos na lavagem de caminhões e recepção de suínos, por exemplo, que hoje ainda não é liberada”, explica Penaroti.
Além disso, de acordo com o gestor, a indústria pretende aplicar uma ferramenta pioneira na área. “Criamos um projeto que pretende implementar medidores de fluxo específicos em cada setor da produção. Os aparelhos serão regulados com um valor máximo diário de consumo e emitirão um alerta no painel de controle e via e-mail, permitindo que os gestores de cada área tenham conhecimento do consumo de água em tempo real e também todas as vezes que ultrapassar o limite diário, reforçando a importância da economia na prática”, conta.
Além do cuidado contínuo, no período de estiagem a empresa também adotou medidas que ajudam na redução de consumo, como a adaptação de ponteiras nas mangueiras, orientação da equipe de higienização e maior controle do fluxo hídrico na produção e também parte externa da fábrica.