Foto – Pixabay
POR – REDAÇÃO NEO MONDO
Liga Insights Energia traz informações sobre o impacto e desafios das empresas tecnológicas no setor, oportunidades geradas e cases de sucesso
A Liga Ventures, plataforma de inovação aberta que conecta startups e empresas para explorarem oportunidades em conjunto, acaba de lançar o Liga Insights Energia, estudo que traz informações sobre o impacto das tecnologias nos processos, desafios das empresas no setor, atual cenário energético no país, oportunidades e cases de sucesso, em parceria com a ENGIE, iDEXO, Derraik & Menezes Advogados, Cargill e State. Ao todo, o levantamento mapeou mais de 189 startups brasileiras que estão entregando soluções para a área de energia.
De acordo com Raphael Augusto, diretor de inteligência e estudos de mercado e Startup Hunter da Liga Ventures, para compor o material, a equipe do Liga Insights entrevistou mais de 20 especialistas, empresas, empreendedores e pesquisadores da área, como Adriana Luz, Consultora e Especialista no Mercado Livre de Energia; Luiz Augusto Barroso, Diretor-Presidente da PSR; Bárbara Rubim, Vice-Presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR); Reginaldo Medeiros, Presidente-Executivo da ABRACEEL; Eduardo Sattamini, Diretor- Presidente de Relacionamento com Investidores da ENGIE Brasil Energia, entre outros, para entender como as startups estão abrindo possibilidades para trazer eficiência e novas soluções para o mercado de energia.
“Quando fomos construir este estudo sobre as inovações no setor de energia, uma das palavras que mais ouvimos foi transformação, em diversos contextos, mas todos apontando para o que estamos vivendo no momento – de acompanhar essas mudanças de forma direta e perceptível para todos, de produtores até consumidores”, explica Raphael.
O mapeamento ainda mostra que dentro do debate sobre energia limpa e busca pela diminuição do uso de combustíveis fósseis, é possível afirmar que o mercado livre de energia tem sido um importante vetor para a expansão do uso de energias renováveis. Segundo dados da consultoria ePowerBay, do total de 10,8 gigawatts em capacidade de outorgas emitidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2019, 82,8% foram para projetos de energia limpa que serão negociados no Ambiente de Contratação Livre.
Além disso, o Liga Insights Energia aponta também que as expectativas para o mercado livre de energia no Brasil envolvem um fluxo contínuo de expansão e a geração de novas oportunidades de negócio, mediante a abertura plena desse mercado que deve ocorrer ao longo dos próximos anos.
“O preço-horário vai melhorar a alocação de custos no setor elétrico e, por conseguinte, melhorar a eficiência da sua infraestrutura. A medida que a energia se mostra mais cara em determinado momento do dia, essa sinalização de preço deslocará consumo destes períodos, desafogando a infraestrutura e aumentando a sua utilização em momento de subutilização. Pensando no Trading, ainda temos a diversificação de produtos. Teremos condição de aumentar a granularidade dos produtos e capturar oportunidades que antes não existiam, como um consumo diferente num determinado horário do dia, ou a geração de uma usina concentrada em um período específico. Tudo isso é capaz de trazer um valor para a mesa que antes ninguém percebia.” afirma Eduardo Sattamini, Diretor-Presidente e de Relacionamento com Investidores da ENGIE Brasil Energia.
Segundo Augusto, como parte desse novo contexto, também existe uma discussão sobre a descentralização, não apenas da capacidade de desenvolvimento de soluções, mas também na produção e consumo. “No Brasil, ainda que não vivemos essa liberdade de escolha mais ampla neste mercado, já temos um ambiente empreendedor com startups bem interessantes focadas no setor”, enfatiza.
Confira aqui o estudo completo e também o mapa das startups brasileiras de energia.