Foto – Maryanna Oliveira/Agência Câmara
POR – FAKEBOOK / NEO MONDO
Campeã de fake news sobre Covid, deputada Carla Zambelli é a nova presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara
Na mesma semana em que a primeira morte por covid-19 completou um ano no Brasil e o negacionismo científico do governo Bolsonaro levou o país a assumir a liderança global de óbitos diários na pandemia, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), investigada no STF por disseminar fake news, foi eleita presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados.
Em sua primeira entrevista como presidente da comissão, ela disse ao Estado de S.Paulo que as queimadas e o desmatamento não eram causados pelo governo e sim pelas mudanças climáticas, das quais ela costumava escarnecer. E, ecoando o BFF Ricardo Salles, disse que convocaria as ONGs para questioná-las “sobre o uso do dinheiro”. Mal podemos esperar.
Em 2019, durante evento na ONU, a deputada responsabilizou ONGs por queimadas na Amazônia, repetindo mentiras do presidente Bolsonaro. No mesmo evento, ela afirmou que “a Amazônia nunca queimou tão pouco”.
Zambelli encabeçou juntamente com Osmar Terra (MDB-RS) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ranking do Aos Fatos com os parlamentares que mais engajaram ao publicar desinformação sobre Covid-19 no Twitter.
Na quarta-feira (10/03), o UOL mostrou que a bancada ruralista vai controlar a Comissão de Meio Ambiente, com apoio do Planalto, e tem uma listinha inicial de boiadas para passar prioridades: liberar a caça no país e a pecuária em reservas legais, acabar com a lista de peixes ameaçados de extinção, tirar a proteção dos campos de altitude, acabar com as zonas de amortecimento de unidades de conservação, alterar os limites do Parque Nacional do Itajaí e reduzir o Parque Nacional de São Joaquim.
Foto – Divulgação