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POR – REDAÇÃO NEO MONDO
Pesquisadores dos projetos Baleia Jubarte e ProFranca atuarão em cruzeiros de observação ao longo da costa
Começa este mês a temporada das baleias no litoral brasileiro e os projetos Baleia Jubarte e ProFranca, patrocinados pelo Programa Petrobras Socioambiental, intensificarão as pesquisas e os cruzeiros de observação, para monitorar e identificar estes animais. As espécies Jubarte e Franca migram para as águas quentes da costa brasileira para reprodução, de julho a novembro. Mas os pesquisadores ressaltam que, este ano, algumas chegaram mais cedo. “Nos últimos anos observamos essa mudança de comportamento, mas 2021 surpreendeu: em abril já avistamos as primeiras baleias jubartes. Isso pode ser reflexo do crescimento da população ou efeito de mudanças climáticas, mas ainda é cedo para saber”, comenta o médico veterinário Milton Marcondes, do Projeto Baleia Jubarte. “Estamos acompanhando a chegada delas e, hoje, já temos a presença de jubartes desde o Rio Grande do Sul até a Bahia; e verificamos um aumento de encalhe para esta época do ano”, diz.
A equipe do Projeto ProFranca também percebeu a alteração e registrou, por exemplo, no final de junho os dois primeiros filhotes de baleia-franca desta temporada, avistados em Imbituba, em Santa Catarina. “A presença de filhotes normalmente é observada só na segunda quinzena de julho. Nossa hipótese é de que essa antecipação pode estar relacionada a maior disponibilidade de alimento no verão, refletindo em boa condição de nutrição das fêmeas para engravidar. Foi isso que ocorreu em 2018 quando tivemos um “boom” de filhotes e um recorde de avistagens”, comenta Karina Groch, diretora do projeto. Ela explica que, por análise de imagens captadas por um drone, foi possível observar o tamanho e o comportamento dos filhotes, que estavam acompanhados de suas mães, com indicativos de poucos dias de vida”, completa.
Além do monitoramento com drone, o Projeto realiza saídas embarcadas para coletar amostras de pele das baleias-franca com o objetivo de obter informações sobre as áreas de alimentação da espécie. A partir de agosto o projeto ProFranca intensificará o monitoramento terrestre em 15 praias no sul de Santa Catarina, desde o Cabo de Santa Marta, em Laguna, até a praia da Pinheira, em Palhoça. A equipe espera receber a visita de baleias-franca que estiveram no Brasil em 2018, uma vez que elas retornam para a área reprodutiva a cada três anos.
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O Baleia Jubarte já iniciou o trabalho de pesquisa e, para este ano, instalou um gravador acústico subaquático autônomo que ficará por semanas gravando o som das baleias, assim, será possível registar o canto das baleias ao chegarem em Abrolhos, área com maior concentração de jubartes. Em 2020, o projeto percorreu por lá cerca de 798,8 milhas náuticas durante 23 dias. Neste período, foram registrados 171 grupos. Ao todo, 433 baleias, dos quais 76 eram filhotes.
Além disso, para esta temporada, o Baleia Jubarte conta a parceria com a universidade australiana Griffith University para uma avaliação detalhada da nutrição das baleias – pequenos pedaços da gordura dos animais serão coletados e enviados para análise dos ácidos graxos que compõe a cama de gordura das baleias. Assim, podendo identificar se estão bem nutridas ou não e usar as baleias jubarte como sentinelas para avaliar o impacto da mudança do clima sobre a Antártica.
Projetos como o Baleia Jubarte e o ProFranca recebem investimentos da Petrobras visando a ampliação de ações para gerar conhecimento, conservação e recuperação da biodiversidade. O respeito ao meio ambiente é um valor para a Petrobras, que por meio de projetos socioambientais busca impactar de forma positiva os biomas protegidos.
Monitoramento de Cetáceos
Um estudo colaborativo entre o Projeto de Monitoramento de Cetáceos da Bacia de Santos (PMC-BS) e outras 23 instituições nacionais e internacionais detectou novos destinos migratórios da baleia jubarte, inclusive a Antártica. O destino migratório conhecido desta espécie era a região das Ilhas Sandwich do Sul e Georgia do Sul, mas, com a utilização de uma plataforma colaborativa de comparação automatizada, utilizando inteligência artificial, de fotografias da nadadeira caudal foi possível observar que vários indivíduos têm frequentado também a Península Antártica, o que era até então desconhecido.
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Outras espécies de baleias também estão presentes na região costeira do Brasil. O PMC-BS tem produzido dados inéditos sobre migrações de baleia-azul, baleia-fin, baleia-sei e baleia-minke-antártica, algumas espécies ameaçadas de extinção. Entre 2015 e 2021, o projeto marcou com transmissores satelitais 2 baleias-azuis, 1 baleia-fin e 15 baleias-sei.
O coordenador técnico do PMC-BS, Leonardo Wedekin, explica que os cetáceos têm vida longa, mas taxa de reprodução bem lenta. Então, quanto mais informações tivermos no longo prazo, teremos um retrato mais apurado do ecossistema”, afirma o biólogo.
O PMC-BS, estruturados e executados pela Petrobras para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal, atua de Florianópolis (SC) até Cabo Frio (RJ), cobrindo desde águas costeiras até oceânicas, atingindo uma distância de 350 km da costa e locais com lâmina d’água com mais de 2 mil metros de profundidade. O Projeto reflete o compromisso da companhia com o ecossistema marinho e costeiro nas regiões onde a Petrobras concentra suas atividades.
Os projetos socioambientais da Petrobras têm impacto transformador. A Petrobras é reconhecida por suas ações socioambientais e, com os impactos positivos desses projetos ao longo de décadas vem reforçando sua marca e consolidando sua reputação. Saiba mais em www.baleiajubarte.org.br e www.baleiafranca.org.br. E acompanhe as pesquisas do PMC-BS em www.comunicabaciadesantos.com.br.