Mudanças climáticas e atividades humanas já ameaçam áreas inundáveis da Amazônia – Foto: andré Dib
POR – REDALÇÃO NEO MONDO
No dia 5 de setembro é comemorado o Dia da Amazônia. A data surgiu como uma forma de chamar a atenção da população para o maior bioma do mundo e National Geographic faz isso listando fatos sobre a região amazônica. Confira!
Para o Dia da Amazônia, no próximo domingo (05), os exploradores da National Geographic trazem curiosidades que você (provavelmente) não sabia sobre o maior bioma do mundo com o objetivo de reforçar a mensagem sobre a importância da conservação da região, ressaltando para o público sua grandiosidade e necessidade de preservação desse tesouro mundial.
– A Amazônia (e o Rio Amazonas) tem 10 milhões de anos. Julia Tejada, paleontóloga e exploradora da Nat Geo, conta que a origem da Amazônia está ligada à ascensão dos Andes, ou seja, sem os Andes não haveria Amazônia e/ou sua flora e fauna.
– A Amazônia é a principal fonte de biodiversidade neotropical. Segundo Julia, muitos estudos mostram que a maioria das espécies existentes em outras partes região neotropical – que se estende aproximadamente do sul do México ao sul do Brasil – teve origem na Amazônia.
– Um dos eventos mais importantes na Amazônia é o “pulso de inundação”. Fernando Trujillo, biólogo marinho e explorador da Nat Geo, conta que – graças às chuvas abundantes nos Andes – o nível dos rios pode aumentar até 15 metros verticalmente e milhares de quilômetros planos. Portanto, todas as espécies que vivem na Amazônia estão adaptadas a isso e, quando o nível da água começa a subir, os peixes, por exemplo, se preparam para fazer migrações reprodutivas.
– Um único hectare de floresta alagada pode produzir até 20 toneladas de sementes e frutas por ano, o principal alimento para muitos peixes. Ao mesmo tempo, quando a floresta atinge seu nível máximo de inundação, a maioria das árvores libera seus frutos para dispersá-los. Portanto, quando a floresta é desmatada, os peixes são diretamente afetados.
– Você sabia que os botos da Amazônia podem mudar de cinza para rosa muito intenso em poucos minutos? Fernando Trujillo menciona que os botos, assim como os humanos quando fazem atividade física, enviam muito sangue para os vasos sanguíneos periféricos para regular a temperatura. Diante disso, os humanos avermelham a pele e os botos, por outro lado, adquirem uma tonalidade muito rosa. Entretanto, nem todos eles mudam de cor e isso parece ser influenciados pelos fenótipos, também assim como nos humanos.
Foto – Divulgação
– Na Amazônia do Peru, a segunda maior floresta tropical da América do Sul, está o Río Hirviente, cujas águas atingem até 100°C. Rosa Vásquez Espinoza, bióloga química e exploradora da National Geographic, conta que esse rio é quente o suficiente para ferver qualquer animal que queira atravessá-lo, mas mesmo assim essas águas estão cheias de vida. Muitos microrganismos vivem no subsolo e em esteiras microbianas. Além disso, as comunidades que vivem ao longo do rio sempre usaram seus recursos para beber, cozinhar ou tomar banho, entre outras coisas.
Consequência da atividade humana
A Amazônia desempenha um papel crucial para o planeta porque absorve e concentra o carbono que, de outra forma, estaria na atmosfera. No entanto, essa capacidade está diminuindo como resultado do desmatamento descontrolado e das mudanças climáticas, tornando-se um emissor de carbono ao invés de um sumidouro.
A boa notícia é que nossas ações diárias podem proteger o bioma! Por exemplo, enxaguar bem os recipientes de plástico antes de descartá-los, pois os produtos químicos neles encontrados podem contaminar diferentes fontes de água, como rios, lagos e o mar e interromper o ciclo biológico da vida marinha e terrestre, comenta Rosa Vázquez Espinosa. Fernando Trujillo acrescenta que o consumo responsável e consciente é uma boa forma de evitar processos de sobre-exploração em muitos lugares do planeta, inclusive na Amazônia.
Como parte do Dia da Amazônia e da campanha O que você faz Importa – que convida o público a adotar novos hábitos baseados em cinco pilares: reduzir o consumo de energia; evitar o uso de plásticos descartáveis; repensar o consumo; adotar meios de transporte sustentáveis; e inspirar os outros, gerando consciência e participação – a National Geographic promove ações e iniciativas para conscientizar a população sobre a importância de cuidar da Amazônia e do planeta. Confira abaixo.
Hub page temática
Entre as iniciativas para gerar consciência e ação diante dessa problemática, a National Geographic desenvolveu uma página dedicada ao tema, na qual o público encontrará uma gama de informações sobre a região amazônica, além de contar com matérias especiais assinadas pelos exploradores Nat Geo, que atuam na linha de frente de projetos de pesquisa e exploração, ajudando a expandir o conhecimento do público e gerando soluções para um futuro mais sustentável.
Programação Especial na TV
No Dia da Amazônia, 05 de setembro, o canal National Geographic contará com uma programação especial. A partir das 14h30, serão exibidas produções com a temática amazônica como pano de fundo, iniciando com “Reality na Selva”, “Peru: Luta pela Sobrevivência” e “Maravilhas da linha Equatorial Amazônia: Chuvas que Transformam”. Em seguida, serão exibidos “A Arca: Espécies em Perigo Trabalho ao Máximo” e “A Vida em 24 Horas Brasil: Paraíso Mortal”. Para finalizar o especial, o canal exibe a produção original “Brasil Selvagem: A Sombra do Gavião” e “Brasil Selvagem: Biomas Rituais da Floresta”.
Looks sustentáveis e slow fashion
Além do hub editorial no site e a programação especial na TV, a National Geographic também convidou os estilistas Dayana Molina e Sioduhi, do Coletivo Indígenas Moda BR, para produzir uma coleção promocional (não disponível para venda) através das suas marcas NALIMO e SIODUHI STUDIO. Juntos, os estilistas convidados expressaram suas manifestações para retratar as mudanças climáticas na Amazônia e alertar sobre a situação de desmatamento através de peças slow fashion, utilizando materiais sustentáveis e ressaltando a importância do consumo consciente para o nosso planeta. Além disso, todas as peças foram 100% produzidas por profissionais indígenas.