Foto – José Paiva
POR – REDAÇÃO NEO MONDO
Evento está agendado para o dia 5 de novembro, sexta-feira, das 11h30 às 12h45, horário de Glasgow, e 08h30 às 09h45, no horário de Brasília. Representantes brasileiros vão falar sobre como é possível alinhar ações que apoiam o clima, a biodiversidade e as pessoas
A iniciativa Grande Reserva Mata Atlântica vai ter a oportunidade de ser conhecida internacionalmente ao ser destaque em um dos painéis da COP 26, a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que ocorre entre os dias 31 de outubro e 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia.
O envolvimento da sociedade civil cresceu e se tornou parte integrante do processo de negociação da ONU. Os eventos paralelos na Conferência das Partes (COP) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) são hoje o componente mais visível e a única via formal do envolvimento da sociedade civil nas negociações internacionais sobre o clima. Os eventos são divididos em três categorias: para o aumento da ambição dos compromissos climáticos, para dar suporte à tomada de decisões e para promover a implementação de ações concretas.
O painel “Ação multinível para a biodiversidade e o clima: desafio planetário e lições da América Latina” se enquadra no terceiro tema e está sendo liderado pela Universidade de York, em Toronto, no Canadá. O evento com várias partes interessadas tem o foco no fortalecimento da biodiversidade e dos vínculos climáticos por meio de pesquisas, políticas e ações conjuntas. É apresentada uma pesquisa que rastreia a experiência dos profissionais em proteção da natureza com exemplos de financiamento de adaptação com base em ecossistemas e recuperação verde na América Latina.
Além da universidade canadense, o evento também contará com falas do Imperial College London; Fundação Grupo Boticário; Oro Verde Tropical Forest Foundation; Global Center on Adaptation; German Development Institute (DIE); Fundación Defensores de la Naturaleza; CDP Latin America; IDDRI e contará com a participação de Ricardo Borges, coordenador de marketing e networking da iniciativa Grande Reserva Mata Atlântica pela SPVS (Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental), que vai falar sobre os importantes avanços do trabalho iniciado três anos atrás.
O evento está agendado para o dia 5 de novembro, sexta-feira, das 11h30 às 12h45, horário de Glasgow, e 08h30 às 09h45 no horário de Brasília. Os representantes brasileiros irão compartilhar o exemplo da Grande Reserva Mata Atlântica – o maior remanescente contínuo do bioma no planeta, com 2,2 milhões de hectares integrando os estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo – como uma referência de como a união entre pessoas, entidades, instituições acadêmicas, iniciativa pública e privada é capaz de fortalecer os esforços em prol do desenvolvimento sustentável com base na conservação da biodiversidade e contribuir com a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. O painel pode ser acompanhado em tempo real pelas redes sociais da Grande Reserva Mata Atlântica.
Anke Manuela Salzmann, especialista em Negócios e Biodiversidade na Fundação Grupo Boticário, outro importante apoiador da iniciativa, também participa e promete abordar como é possível fazer o business case para a conservação e adaptação da natureza. Na Fundação Grupo Boticário, Anke lidera atualmente a Iniciativa Viva Água, que reúne stakeholders de diferentes setores para promover a segurança hídrica e a adaptação às mudanças climáticas por meio da conservação e restauração da natureza e investimentos de impacto em uma bacia hidrográfica estratégica no sul do Brasil.
Também participam do painel Alexandra Deprez, do IDDRI (Institute for Sustainable Development and International Relations) – que abordará os principais desafios para alcançar ações significativas sobre as mudanças climáticas e a biodiversidade –, Andy Purvis, líder de pesquisa no Museu de História Natural de Londres e afiliado do Grantham Institute for Climate Change, grupo que estuda mudanças climáticas no Imperial College London – que vai falar sobre como medir e prever melhor o progresso da biodiversidade. O painel vai contar, ainda, com Ineke Naendrup, gerente de projetos da OroVerde, instituição de proteção de florestas com sede na Alemanha, e Heidy García, da Fundación Defensores de la Naturaleza. Eles abordarão meios para o aprimoramento de abordagens que beneficiam o clima, a natureza e a vida na Terra.
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