A “grindadráp”, caça de mamíferos marinhos praticada há séculos nas Ilhas Faroé – Imagem: Reprodução/Facebook/Sea Shepherd
POR – AVAAZ / NEO MONDO
Mais de 1.400 golfinhos, incluindo mães grávidas e crias, foram abatidos nas Ilhas Faroé. Muitos foram asfixiados na areia. Os “locais” chamam isso de “Grind”, uma caça brutal em que centenas de golfinhos são presos e esquartejados numa baía. Dias mais tarde, outras 53 baleias-piloto foram mortas.
Os golfinhos são uma das espécies mais inteligentes da Terra. Eles compreendem a alegria… e o luto. Imagine o terror que enfrentaram naquela baía tenebrosa. Estas caçadas brutais têm de acabar. Mais da metade dos cidadãos das ilhas querem que a caça aos golfinhos cesse, e após enorme indignação pública, o Primeiro Ministro comprometeu-se a rever os regulamentos de caça, mas agora há um grande risco de que essa revisão seja apenas superficial.
Não podemos deixar isso acontecer, com um milhão de vozes, podemos fazer com que isso volte à pauta do dia e exercer uma enorme pressão sobre o Primeiro Ministro por uma moratória urgente e uma revisão científica completa. Todas as assinaturas e partilhas nos meios de comunicação social somam-se a essa pressão.
No mundo atual, as nossas culturas têm de se adaptar a um planeta que está sendo devastado, porque sem um planeta vivo, as nossas culturas não significam nada. Esta caça pode ter matado até 10% da população regional de golfinhos-de-laterais-brancas do Atlântico. No entanto, a carne de golfinhos é potencialmente tóxica, grande parte da carne pode é desperdiçada.
A regulamentação da caça já tinha sido alterada para proteger outras espécies. Agora deve mudar novamente. Simplesmente não há razão para quaisquer práticas culturais que inflijam sofrimento e morte em massa, quanto mais a um dos seres mais inteligentes e sociais da Terra.
A próxima caçada pode acontecer a qualquer momento, temos uma verdadeira oportunidade de falar agora mesmo. Vamos assegurar que aconteça urgentemente uma revisão científica, e que o Primeiro Ministro saiba que milhões de pessoas e a maioria dos cidadãos locais querem que ele reforme radicalmente ou proíba totalmente a caça. Cada assinatura e cada postagem nas redes sociais soma-se à pressão.
O nosso frágil planeta precisa de uma voz. E, repetidamente, erguemos a nossa voz para acabar com as cruéis exportações de animais vivos, a brutal agricultura industrial, os testes em animais e as práticas culturais que infligem sofrimento àqueles com quem partilhamos este belo lar. Cada ser na Terra faz parte da mesma teia da vida, e agora tornou-se claro que a humanidade está a rasgar demasiadas de suas fibras, e nós temos de mudar. No fundo, sabemos disso. Esta campanha não se trata de expor as pessoas, mas de nos convidar a uma versão melhor de nós mesmos, que honre e cuide da natureza, respeitando o nosso papel na grande teia da vida.
Sempre com grande esperança e determinação, Mike, Huiting, Noor, Mat, Caro, Leon, Elisabete e todo o time da Avaaz.
Ajude a parar a próxima caça em massa de golfinhos — Assine agora!
Mais de 1,4 mil golfinhos foram mortos, nas Ilhas Faroé – Foto: Divulgação/Sea Shepherd