Baía de Guanabara – Foto: Pixabay
POR – REDAÇÃO NEO MONDO
Com inscrições abertas até 3 de março, iniciativa da Fundação Grupo Boticário apoiará o desenvolvimento de propostas que restaurem e protejam a Região Hidrográfica da Baía de Guanabara. Apoio financeiro de até R$ 1 milhão será direcionado para a execução das melhores soluções
Estão abertas as inscrições para o LAB Viva Água, iniciativa que busca soluções para a restauração ecológica, resiliência hídrica e adaptação às mudanças climáticas na região hidrográfica da Baía de Guanabara, que compreende 17 municípios do estado do Rio de Janeiro. A iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza recebe inscrições de 1º de fevereiro a 3 de março e destinará até R$ 1 milhão em apoio financeiro para as melhores propostas. O processo é voltado a participantes de todo o Brasil – pesquisadores, engenheiros, urbanistas, ambientalistas, acadêmicos e qualquer pessoa que queira contribuir com ideias para restaurar e proteger a região hidrográfica da Baía de Guanabara.
O LAB Viva Água contempla dois desafios: desenvolver mecanismos e soluções financeiras que promovam a restauração ecológica e utilizar as cadeias produtivas sustentáveis para impulsionar a restauração ecológica.
Todo o processo será 100% on-line, projetado para a cocriação de soluções práticas e multidisciplinares, sempre com foco no desenvolvimento social e econômico da região. “A Baía de Guanabara tem importância histórica, simbólica, turística e ambiental para o Brasil, mas enfrenta um processo de degradação há anos. Por isso, a necessidade de agirmos para protegê-la, algo que só será possível com a participação de múltiplos atores”, comenta a diretora-executiva da Fundação Grupo Boticário, Malu Nunes. “E aqui nossa atenção não está voltada apenas ao espelho d’água que vemos no cartão postal. Queremos impactar toda a região hidrográfica que abastece a baía. Uma área que conta com nascentes e rios importantes que chegam até o mar e precisam ser cuidados”, completa.
Atualmente, a região hidrográfica da Baía de Guanabara conta com 172 mil hectares de cobertura florestal e 154 mil hectares de campos e pastagens, sendo uma importante fonte de serviços socioambientais para o Rio de Janeiro. O objetivo do LAB Viva Água é cocriar projetos para qualquer área que precise de recuperação ambiental, inclusive nos 112 mil hectares de ocupação urbana. “Queremos demonstrar que, além dos retornos diretos dos serviços ambientais, é possível gerar renda para a comunidade local por turismo sustentável, agroecologia e outras atividades”, explica Malu.
Baía de Guanabara – Foto: Pixabay
Etapas
Na primeira fase do LAB Viva Água, pessoas de todo o Brasil interessadas em propor soluções ou contribuir para a restauração da região da Baía de Guanabara podem se inscrever. Os organizadores selecionarão quem segue para os encontros de cocriação (LAB) com base em critérios relacionados com o currículo, experiência prévia e parcerias no território e conhecimento sobre o tema.
Na segunda fase, que vai de março a abril, serão realizados workshops e palestras on-line para a cocriação das soluções. Nessa etapa, cada proposta será aperfeiçoada e receberá contribuições de outros atores. Após os encontros virtuais, um comitê julgador escolherá até 15 soluções para participar da terceira etapa, de detalhamento.
“Caso o participante já tenha um projeto desenhado, em andamento ou mais adiantado, poderá inscrevê-lo sem participar dos encontros de cocriação, para que a proposta possa concorrer a vaga na terceira fase. Essa é uma facilitação para não perdermos soluções que estejam mais desenvolvidas. Tanto as soluções cocriadas nos encontros quanto as enviadas prontas irão para avaliação de um comitê de especialistas”, explica a gerente de Ciência e Conservação da Fundação Grupo Boticário, Marion Bartolomei Silva. A inscrição de propostas prontas e/ou em desenvolvimento ocorrerá de 16 de março a 11 de abril.
Na terceira e última fase, de 10 a 24 de maio, as soluções receberão mentorias para que possam ser aprofundadas e terem sua viabilidade construída. A divulgação das propostas que vão receber o apoio financeiro de até R$ 1 milhão da Fundação Grupo Boticário está prevista para acontecer até setembro.