Parque Villa-Lobos – Imagem: Divulgação
POR – REDAÇÃO NEO MONDO
Projeto de concessão, que trará mais investimentos para parques Água Branca, Cândido Portinari e Villa-Lobos, foi estruturado pelo governo de São Paulo com apoio do Instituto Semeia
O governo do Estado de São Paulo anuncia, na próxima quinta-feira, 31, as empresas interessadas na gestão e zeladoria dos parques Água Branca, Cândido Portinari e Villa-Lobos pelos próximos 30 anos. O projeto de concessão, realizado com apoio do Instituto Semeia, prevê investimentos de R$88,6 milhões em melhorias nos três parques da zona oeste da capital paulista.
O objetivo da concessão é qualificar a visitação em todas as áreas onde o uso público é permitido, implementando melhorias de infraestrutura, lazer, educação ambiental, esporte, cultura e turismo. Não haverá cobrança de ingressos para entrada nos parques.
Segundo Fernando Pieroni, diretor-presidente do Instituto Semeia, a parceria entre o público e o privado dará resposta a importantes desafios enfrentados pelos parques, como a necessidade de restauro dos edifícios históricos e de ampliação dos serviços e opções de lazer para os usuários. “É importante que os governos busquem novas formas de implementar e gerir seus espaços verdes urbanos, isso foi evidenciado pela pandemia, o contato das pessoas com a natureza é uma questão de saúde pública”, ressalta.
Confira abaixo um resumo das principais melhorias propostas no projeto:
Investimentos
O Parque da Água Branca possui 70 edificações e mais de 136 mil metros quadrados, que deverão ser modernizadas para garantir a qualidade e a segurança da visitação de locais históricos como a Casa do Caboclo, a Casa do Fazendeiro e a antiga sede do Fundo Social. Áreas com atividades de educação ambiental, como o aquário e o Museu Geológico, também deverão ser modernizadas. O parceiro contratado deverá manter o espaço de leitura, a feira de produtos orgânicos e as atividades para a terceira idade.
Já os parques Villa-Lobos e Cândido Portinari, vizinhos entre si, receberão obras para melhoria do orquidário, manutenção das trilhas, adequação da edificação do Villa Ambiental (centro de educação ambiental do parque), revitalização e manutenção de todos equipamentos de lazer e recreação. O concessionário deverá realizar semanalmente atividades sociais pedagógicas destinadas ao público infanto-juvenil de baixa renda, com temáticas esportivas, culturais e musicais. Será obrigatório ainda uma adequação da infraestrutura viária e de mobilidade para diminuir os impactos da visitação no entorno do parque.
Gestão
A gestão dos parques será monitorada pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo. O concessionário deverá apresentar relatórios de atividades mensais, bem como cumprir indicadores de desempenho anuais relativos à limpeza, gestão de resíduos, segurança patrimonial, segurança do usuário, manutenção de ativos e da área, e satisfação dos visitantes. Além de seguir as leis vigentes e regras de tombamento, toda e qualquer atividade ou intervenção estará alinhada aos planos diretores de cada parque, que foram desenvolvidos a partir de conversas e discussões com os conselhos gestores e frequentadores. Os conselhos, por sua vez, continuarão com as suas respectivas funções e atividades originais, funcionando como um importante organismo para trazer as demandas e necessidades da população à concessionária.
Atrativos
A concessionária deverá desenvolver atividades alinhadas à identidade de cada parque – os serviços deverão atingir diferentes públicos e deixar as áreas mais atrativas para os usuários, sem negligenciar, contudo, seus objetivos relacionados à educação, lazer, esporte, recreação e cultura. Também poderá realizar eventos, aluguel de espaços (restaurantes, feiras, mercados gastronômicos etc.), aluguel de bicicletas, estacionamento, entre outros. Além disso, a concessionária deverá disponibilizar gratuitamente uma sala para funcionar como escritório e espaço para atividades recreativas a serem desenvolvidas em parcerias com grupos bandeirantes e escoteiros, e uma segunda sala para atividades de parceiros voltadas ao atendimento de pessoas portadoras de deficiência, visando cumprir o objetivo de sociabilidade, lazer e estudos.