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POR – AGÊNCIA CONVERSION, PARA NEO MONDO
A mobilidade sustentável já é realidade
A greve dos caminhoneiros de 2018 paralisou o Brasil. Rodovias bloqueadas, supermercados esvaziados, postos de gasolina com alta demanda, pouca oferta do produto… A situação demonstrou a nossa dependência do transporte rodoviário. Para um país de dimensões continentais, esse é um fato preocupante. Além de todos os problemas logísticos que esse meio oferece, a grande quantidade de poluição que gera prejudica o meio ambiente.
Um estudo da Universidade de São Paulo (USP), publicado no periódico científico Nature, afirmou que ônibus e caminhões são responsáveis por quase metade da poluição do ar na cidade de São Paulo. Vale mencionar que a poluição pode causar doenças respiratórias graves, como asma e pneumonia, e até levar à morte.
O principal poluente atmosférico é o dióxido de carbono (CO2). Ele é emitido no ar através da queima de combustíveis fósseis, como aqueles derivados do carvão mineral e do petróleo. Os veículos movidos à gasolina e a diesel são, portanto, algumas das principais fontes de poluição, uma vez que essas substâncias são derivadas do petróleo.
Hoje, falar de uma mobilidade sustentável já é realidade. Embora as mudanças ainda sejam incipientes, elas são o pontapé para uma transformação radical do sistema rodoviário. Veículos elétricos estão começando a ocupar as pistas do país. Lá em 2009, a Iveco, fabricante de veículos pesados e utilitários leves, se tornou a pioneira, e lançou o modelo Iveco Daily Elétrico, movido à energia limpa. As suas baterias têm uma vida útil de mil ciclos de recarga, e levam oito horas para serem carregadas completamente.
Um ano depois, foi a vez da Mercedes-Benz de lançar um modelo de veículo sustentável, movido a diesel de cana-de-açúcar. Além de não emitir poluentes, o material do qual é feito a sua cabine é totalmente reciclável. Em 2011, a Scania estreou o seu caminhão movido a etanol.
Recentemente, no ano passado, a marca de roupas Reserva passou a realizar suas entregas com a ajuda de um veículo elétrico. A meta é alcançar a emissão zero de carbono até 2030. A decisão vem em um bom momento, uma vez que as compras através do e-commerce aumentaram consideravelmente, assim como as entregas, desde o começo da pandemia.
Até que a frota de caminhões que roda pelo país seja totalmente sustentável, talvez leve algum tempo. Enquanto isso, é possível adquirir um veículo desses por meio de um leilão de caminhões devolvidos, que oferece bons preços e também funciona como uma espécie de reciclagem automotiva, uma vez que os veículos são usados.
