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POR – REDAÇÃO NEO MONDO
Reciclagens contínuas resultam em microplásticos que poluem águas, aterros e natureza por centenas de anos
Ao olhar ao redor é fácil perceber que praticamente tudo é feito de plástico. E isso não é por acaso, acontece principalmente, por ser material barato para a indústria, o problema é por ser um material durável e sua decomposição pode levar mais de 400 anos. Apesar da sua durabilidade, mais de 50% de todo plástico produzido é usado para produtos descartáveis, como embalagens de cosméticos e alimentícios.
Se você acha que a reciclagem é a solução para essa difícil equação, uma má notícia: De todo plástico produzido até 2017, menos de 10% foi efetivamente reciclado no mundo, deixando 4,9 bilhões de toneladas desse material em aterros, lixões ou jogados na natureza. E, quando o plástico é de fato reciclado, ele sofre o que chamamos de downcycling: uma diminuição de valor e de qualidade através da reciclagem que após ciclos deste processo resultam em microplásticos que poluem os oceanos, aterros e a natureza.
Mas o que isso te afeta diretamente? Pesquisa da Universidade de Newcastle, na Austrália, apontou que o ser humano pode estar comendo um cartão de crédito por semana, os dados apontam que a maior fonte de ingestão de plástico é a água potável, seguida pelos moluscos. Segundo o estudo, cada pessoa pode estar consumindo 1.769 partículas de plástico toda semana só na água. A quantidade de poluição plástica varia por local, mas não há lugar ileso, disse o relatório, que se baseou nas conclusões de 52 outros estudos.
Um grupo de pesquisadores Holandês detectaram pela primeira vez no ano de 2022 a presença de microplástico do tipo PET (polietileno tereftalato) no sangue humano, a pesquisa, apesar de conter uma amostra reduzida, levantou preocupação já que de 22 voluntários 17 apresentaram microplástico na corrente sanguínea. O estudo mostra que o componente pode ter entrado no corpo humano de diversas formas, aéreas, aquáticas ou pela ingestão de alimentos e uso de cosméticos, alertando uma preocupação com a saúde e com o meio ambiente.
Então, como mudar? Optando por opções e empresas 100% plastic free, a B.O.B (Bars Over Bottles), nasceu para repensar o impacto ambiental da indústria da beleza, se desfazendo dos excessos por meio da criação de cosméticos em barras, que não utilizam plástico e não desperdiçam água em sua produção, sendo a única na sua categoria livre de plástico. Desde sua fundação, em 2019, a marca já conseguiu compensar o uso 2.564.956 embalagens plásticas que iriam ser descartadas e poluir o Planeta. “O plástico foi concebido para ser um material resistente e que durasse eternamente. Além dos resíduos plásticos, que duram mais de 400 anos no ambiente depois de descartados, a cadeia de produção em si do plástico é das que mais crescem em consumo de energia e emissão de gases poluentes – da extração do petróleo e seu refinamento à produção final dos recipientes plásticos descartáveis. Assim, o plástico tem uma correlação direta com as mudanças climáticas que experienciamos atualmente” – diz Victor Falzoni, co-fundador da B.O.B.
A B.O.B também tem parceria com o WWF-Brasil para colaborar na proteção e regeneração da natureza. “Além da nossa missão genuína de ajudar o consumidor final a reduzir seu impacto ambiental, eliminando o plástico descartável de sua rotina, empresas com esse propósito precisam ir além da sustentabilidade, e investir na restauração dos ecossistemas que foram prejudicados. É esse o propósito de nossa parceria com o WWF-Brasil – cada barrinha comprada no site B.O.B tem um percentual destinado à ONG“- complementa Andreia Quercia, co-fundadora da marca.