Desmatamento e queimada na Amazônia – Foto: Greenpeace Brasil
POR – AGÊNCIA CONVERSION, PARA NEO MONDO
Aumento da temperatura terrestre altera o ciclo hidrológico natural e acende alerta sobre futuro da vida no planeta
O ciclo da água guarda uma relação muito próxima e direta com o clima. E a mudança cada vez mais agressiva da temperatura terrestre, devido ao aquecimento global, aponta para um cenário muito preocupante sobre o destino dos nossos recursos hídricos. Isso porque há uma clara tendência de colapso climático, onde terras secas se tornarão cada vez mais áridas, enquanto outras áreas mais úmidas possam vir a ser inundadas. Já é possível constatar como a alteração na temperatura da superfície terrestre tem impactado as chuvas no Brasil, por exemplo, com precipitações cada vez mais frequentes e fortes, fora de época e desobedecendo padrões históricos.
O cenário previsto pela comunidade científica é de secas mais severas e chuvas intensas e desordenadas, o que deve afetar o abastecimento de água e das demais atividades que dependem dela, como a agricultura. E esse impacto vem acontecendo cada vez mais rapidamente. Na medida que o planeta aquece – e estudos do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) indicam que o planeta sofrerá um aumento de 1,5ºC em 20 anos –, mais vapor de água vindo dos oceanos é transportado, aumentando o volume das precipitações e desordenando o ciclo padrão. Junto disso, soma-se uma maior retenção de calor, contribuindo para o derretimento de calotas polares, o que faz subir o nível dos oceanos, alterando ainda mais o ciclo hidrológico.
Órgãos multilaterais têm avançado nas discussões sobre o que deve ser feito na tentativa de mitigar os efeitos das mudanças climáticas. A adoção pela maioria dos países a acordos como o de Paris, em 2015, onde todos comprometem-se a diminuir a emissão de gases causadores do efeito estufa, indica a preocupação de tomar ações concretas e urgentes. Relatórios como os produzidos pelo próprio IPCC são fundamentais para quantificar e direcionar os esforços. Alertar para os riscos é essencial para que haja o menor prejuízo para a vida humana, principalmente às populações mais pobres e dependentes da água, como as populações ribeirinhas.
E todos devem fazer sua parte para contribuir nesta batalha. Já sabemos o quanto é importante poupar água nas tarefas do dia a dia, como lavar louça ou escovar os dentes. Mas podemos ir muito além! Até mesmo utilizar mais transporte público contribui com a causa. Isso porque deixamos de queimar combustível fóssil, resultante da combustão dos motores de automóveis, uma das principais causas do efeito estufa. Separar o lixo e reciclá-lo também evita que energia não-renovável seja gasta com a produção de mais plásticos, por exemplo, além de diminuir a emissão de gás metano, fruto das decomposições. E se o assunto é interessante para você, aprofundar-se em um curso de gestão pode fazer muito para sua compreensão e para o futuro do planeta!