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POR – REDAÇÃO NEO MONDO
Desempenho geral das mulheres em ESG é de 52%, elas estão a frente de negócios com maior preocupação com a agenda Ambiental, Social e Governança
Com o aumento da preocupação sobre ESG, que segundo o Google Brasil teve as buscas no Google crescendo 150% no último ano, grandes empresas, empreendedores e empreendedoras querem incluir o ESG na agenda. Prova disso é que 87% das companhias brasileiras listadas na Bolsa relataram um aumento do envolvimento com ESG, segundo levantamento da consultoria Deloitte.
Enquanto muitos pensam em construir companhias que gerem um impacto social positivo, com forte propósito, em áreas como meio ambiente, saúde, educação e sustentabilidade, algumas mulheres estão desbravando esse caminho e vendo suas empresas ganharem escala. Elas são as que mais contribuem para um melhor desempenho empresarial na agenda ESG, com um desempenho geral que pode chegar a 52%, ambiental que chega a 54% e o social a 53%, segundo dados da Pesquisa “Agenda ESG, Substantivo feminino” (2021), de Monique Cardoso, Mestre em Gestão para Competitividade, na linha de Sustentabilidade, pela FGV-Eaesp.
Para dar nomes a esse perfil de mulheres, listamos quatro CEOs mulheres que estão pensando no futuro do planeta. Confira:
Isabela Chusid, CEO e fundadora da Linus
Com uma história muito atrelada à sustentabilidade e propósito, Isabela decidiu empreender depois de atuar em algumas multinacionais e sentir falta de trabalhar em um negócio que realmente fizesse a diferença no mundo. Após ser diagnosticada com frouxidão ligamentar nos pés e buscar calçados que atrelasse conforto, atemporalidade e sustentabilidade, já que sempre foi atenta aos impactos negativos da indústria da moda nas relações de trabalho e no ecossistema, e não encontrar nada que aliasse os três pilares, Isabela fundou a Linus, marca de lifestyle sustentável. O objetivo da marca criadora da primeira sandália de plástico vegana nacional, é facilitar a tomada de decisão de consumo sustentável. A indústria da moda é uma das principais áreas de foco da busca por sustentabilidade, o setor é responsável por 10% das emissões de Carbono no planeta, segundo dados da Unep (United Nations Environment Programm).
No primeiro ano de pandemia, 2020, quando as pessoas começaram a pesquisar calçados confortáveis para usar em casa, o site da Linus cresceu 700%. Em 2021, o crescimento foi de quase 400%, o que rendeu a Isabela o reconhecimento como Forbes Under 30 – 2021, entre os 6 jovens mais inovadores em Moda no Brasil. Em três anos a marca alcançou até mesmo as passarelas da New York Fashion Week e expandiu para a Europa por meio de um e-commerce europeu. O trabalho com propósito também rendeu a Linus uma participação no Fórum de Jovens das Américas, evento da Cúpula da Américas, em junho de 2022.
Stefania Bonetti CEO e fundadora da Onda Eco,
Criada navegando e em constante contato com a natureza, com os pais e com experiências em indústrias, Stefania Bonetti usou a paixão pelo mar e a experiência nas indústrias que trabalhou para criar um negócio que ajudasse a combater a poluição do meio ambiente. Segundo a ONU, até 2050 serão mais plásticos que peixes nos oceanos, que além de filtrarem mais da metade do oxigênio que respiramos, também é fonte de alimento para 1/3 da população mundial. Ela usou a vontade de empreender em algo de impacto para criar a Onda Eco, marca de produtos de limpeza ecológicos concentrados, feitos a partir de ingredientes à base de plantas, com preços 40% mais acessíveis que outras marcas de limpeza ecológicas. Os produtos Onda Eco são hipoalergênicos, biodegradáveis e veganos, com o diferencial de serem também embalados com plásticos retirados dos oceanos e do litoral. Entre os produtos oferecidos pela marca estão o sabão para lavar roupas concentrado, limpador multiuso concentrado, limpa vidro, lava louças concentrado, água perfumada e sabonete líquido para o corpo e roupas íntimas.
Mariana Silva, CEO e fundadora da Planty Beauty Criada em Catu, uma cidade no interior da Bahia com cerca de 54 mil habitantes, Mariana sempre teve muita conexão com a natureza. Quando criança sentiu essa ligação mais forte, durante o trajeto que fazia voltando da escola ela observava com os movimentos da natureza ao redor: a umidade, a névoa e cada planta da paisagem local. O tempo passou e Mariana continuou curiosa, começou a estudar na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, em Salvador, onde também iniciou a carreira como pesquisadora, e assim nasceu Planty Beauty, startup usa biotecnologia para produzir cosméticos mais limpos e naturais do que os desenvolvidos tradicionalmente na indústria.
Raíssa Assmann Kist, CEO e fundadora da Herself O insight para a criação da Herself veio no durante a faculdade, Raissa estudava engenharia química e fazia iniciação científica sobre embalagens descartáveis, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, quando começou a pensar sobre o impacto dos absorventes descartáveis no meio ambiente, considerando que uma pessoa usa em média 9 mil deles ao longo de 40 anos menstruando. Assim nasceu a Herself, femtech de calcinhas e biquínis absorventes, que recebeu recentemente um aporte pré-seed, em rodada liderada pela Sororitê e acompanhada pela EA Angels e a Donnas Angel.