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POR – REDAÇÃO NEO MONDO
Desde 2020, o termo ESG vem ganhando popularidade diante da preocupação crescente do mercado financeiro com o meio ambiente. Considerado um diferencial competitivo, as empresas que incluíram propostas sustentáveis em suas rotinas estão ganhando cada vez mais destaque a nível financeiro e valor de marca.
Segundo um levantamento da Bloomberg, a agenda ESG deverá atrair cerca de US$ 53 trilhões em investimentos em 2025. Diante desta consciência coletiva, a economia circular vem chamando atenção neste cenário e deve fortalecer ainda mais a economia brasileira nos próximos anos, afinal, as novas gerações priorizam marcas ambientalmente mais atuantes, ainda que sejam mais caras.
Alguns empresários e investidores atentos às novas necessidades e exigências dos consumidores, já mapearam o mercado e desenvolveram modelos de negócios que fomentam a economia circular. Confira abaixo alguns deles:
Grupo John Richard – O Grupo John Richard, detentor das marcas: John Richard, maior empresa de solução de mobiliário como serviço, e Tuim, primeira empresa de móveis residenciais por assinatura no país, revolucionou o mercado imobiliário nos últimos anos ao oferecer um serviço inédito a um novo tipo de consumidor e empresário: àqueles que estão abertos a mudanças, buscam mais independência e mobilidade. A indústria moveleira já teve sua imagem comprometida negativamente inúmeras vezes, justamente por conta das produções tóxicas à natureza, como a emissão de poluentes, descarte incorreto de materiais ou até mesmo o uso de madeira não legalizada, considerado inclusive um crime ambiental. “A ideia dos móveis por assinatura surgiu inicialmente por conta dessa preocupação ambiental. Nossas necessidades mudam diariamente e, por isso, quando alugamos uma mobília contribuímos para o aumento da sua vida útil. Caso nossos interesses, sonhos e necessidades mudem, não precisamos necessariamente descartar aquele móvel, basta trocá-lo por outro que faça mais sentido. Duráveis e resistentes, os móveis sustentáveis garantem bem-estar e contribuem com as próximas gerações”, afirma Pamela Paz, CEO do Grupo.
Noah – A Noah, construtech que oferece solução tecnológica e sustentável a partir da madeira engenheirada, busca transformar o mercado de construção civil no Brasil, além de aproximar as pessoas dos benefícios e do bem-estar proporcionados pela madeira. A tecnologia, conhecida e apreciada mundialmente, reduz drasticamente o impacto ambiental produzido pelo setor, ao passo que a madeira engenheirada, pelo seu potencial de ser carbono neutro, é um depósito natural do componente, enquanto o concreto e o aço contribuem para a emissão de CO2: um metro cúbico da tecnologia construtiva retira cerca de uma tonelada de dióxido de carbono da atmosfera, por exemplo. “A madeira é um dos materiais mais antigos utilizados na construção e o único que é renovável e estruturalmente eficiente ao mesmo tempo. Atentos à agenda ESG, o mercado olha cada vez mais para essas soluções sustentáveis”, destaca Nicolaos Theodorakis, fundador e CEO da Noah.
GreenPlat – A tecnologia de segurança de dados do blockchain pode ajudar a monitorar desde a produção até o descarte de uma cadeia produtiva. Essa é a proposta da GreenPlat, empresa de tecnologia que tem como propósito acelerar uma produção mais limpa. “A plataforma oferece serviços de monitoramento ESG em tempo real, com arquitetura blockchain que efetua a rastreabilidade e monitoramento de processos e cadeias produtivas dos nossos clientes, atestando seu compromisso com a economia circular”, diz Chicko Souza, CEO da startup. Com especialistas em economia circular e soluções de digitalização de processos, a startup tem o maior número de reconhecimentos internacionais no mundo na área de blockchain não financeiro, incluindo o posicionamento de Technology Pioneers pelo Fórum Econômico Mundial (WEF). Em busca de novos mercados, participou dos Ciclos Nova York e Santiago 2019 do Startup OutReach Brasil, programa gratuito de internacionalização de startups brasileiras nos ecossistemas mais promissores do mundo.
Vertown – A Vertown desenvolveu um software que integra, centraliza e automatiza toda a gestão de cadeia de resíduos, com capacidade de administração consciente e sustentável de todos os materiais em diferentes momentos da cadeia produtiva. Por meio de sua plataforma, as empresas conseguem acompanhar toda a rastreabilidade de seus resíduos, garantindo que sejam destinados da forma correta, por meio do uso de tecnologias de inteligência de dados para gerar melhorias em todo esse processo e auxiliar os clientes a reportarem os principais indicadores de ESG, entre outros pontos. “Um dos principais fatores que levam ao baixo índice de reciclagem é a dificuldade das indústrias em fazer o controle e a gestão de resíduos, estar em compliance com a legislação e garantir que seus resíduos sejam destinados de uma forma correta. Foi para sanar esse problema que desenvolvemos a nossa plataforma”, explica Guiarruda, CEO da startup.