Imagem – Divulgação
POR – REDAÇÃO NEO MONDO
Projeto prevê investimentos de mais de R$ 18,5 milhões em infraestruturas no parque e contou com apoio do BNDES e Instituto Semeia
A sessão pública para definição da instituição responsável pela gestão de serviços turísticos no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães (MT) pelos próximos 30 anos foi realizada nesta quinta-feira, 22, na B3, a bolsa de valores de São Paulo. A vencedora Parques Fundo de Investimento em Participações em Infraestrutura, liderada pela Parquetur, única habilitada para o certame, ofereceu uma proposta de R$ 1,009 milhão, uma diferença de 9% em relação ao valor mínimo exigido como outorga no edital. A futura concessionária, que no dia 21 também venceu a concessão para os Parques Estaduais do Ibitipoca e Itacolomi (MG), já é responsável por operações no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO) e no Polo Ecoturístico Caminhos do Mar do Parque Estadual da Serra do Mar (SP).
O projeto foi conduzido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Ministério do Meio Ambiente, e contou com a estruturação pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com apoio do Instituto Semeia. O ICMBio seguirá atuando no parque, como com ações para a conservação da natureza e apoio a pesquisas, além da fiscalização do contrato.
Após a assinatura, contará com a concessionária que ficará responsável pela gestão e operação dos atrativos no parque, e na realização de investimentos obrigatórios – estimados em R$ 18,5 milhões em novas infraestruturas de apoio ao visitante, como espaços para venda de alimentos e bebidas, transporte interno, readequação do sistema de trilhas e reforma dos edifícios internos. Além dos investimentos e serviços operacionais, 4,5% das receitas da concessionária serão destinadas para o custeio de ações como educação ambiental, integração com o entorno e pesquisas.
Segundo Rodrigo Góes, coordenador de projetos do Instituto Semeia, o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães possui um grande potencial de ampliar sua visitação de modo a potencializar a conservação da biodiversidade e fortalecer seu entorno, especialmente pela proximidade com a capital Cuiabá. “O projeto oferecerá aos visitantes melhores serviços e uma experiência na natureza ainda mais rica nos locais onde o uso público é permitido”, afirma o coordenador. “Além disso, o incremento da visitação também pode trazer excelentes oportunidades de desenvolvimento sustentável para o entorno do parque, promovendo uma melhor qualidade de vida para os moradores e diminuindo pressões sobre o parque, como caça e invasões”.
Para Robson Oliveira, Chefe do Departamento de Estruturação de Parcerias Sociais do BNDES, “esse é mais um projeto que mostra que é possível unir os esforços da sociedade – setor público e iniciativa privada – para a tarefa hercúlea de conservar as áreas protegidas no Brasil”. Oliveira também destaca que “além da proteção, essa iniciativa prevê a criação de atividades geradoras de renda sustentáveis para a população do entorno por meio do turismo de natureza, valorizando um patrimônio que todos os brasileiros.”