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POR – REDAÇÃO NEO MONDO
O Brasil tem apenas uma instituição na lista de 33 experts da Energy Transition Accelerator (ETA – Acelerador de Transição Energética, em tradução livre), iniciativa capitaneada pelo governo dos EUA, pelo Rockefeller Institute e pelo Bezos Earth Fund – entidade criada por Jeff Bezos, fundador da gigante de comércio Amazon. A entidade nacional que vai aconselhar sobre as ações da iniciativa é o CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável).
A primeira reunião do High-Level Consultative Group (grupo consultivo de alto nível, em tradução livre) ocorreu na última sexta-feira, com a presença de John Kerry, enviado especial para o clima dos Estados Unidos. O CEBDS, que reúne o setor empresarial brasileiro, foi representado por sua presidente, Marina Grossi. Há apenas mais dois brasileiros no grupo de experts: Luiz Amaral, da Science Based Targets Initiative (SBTi) e Achim Steiner, da UN Development Programme.
A iniciativa de gigantes globais tem entre seus objetivos manter o limite máximo de 1,5°C de aquecimento global e impulsionar investimento privado no aumento de geração de energia limpa, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em países em desenvolvimento. O setor produtivo tem ainda a representação de Peter Bakker, presidente do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) – ao qual o CEBDS é filiado.
Na reunião, os participantes debateram caminhos para acelerar a transição do combustível fóssil para a energia limpa nos países em desenvolvimento. Entre as principais ações, o grupo defende a expansão do mercado de créditos de carbono como um forte aliado no combate às mudanças climáticas. Até o mês de abril, a iniciativa pretende realizar um evento envolvendo governos, setor privado e sociedade civil, além de anunciar um parceiro de crédito.
“São necessários esforços em diversos âmbitos, não apenas políticas, mas recursos e um trabalho conjunto para garantir que o aquecimento não supere 1,5°C. Com essa iniciativa, que surge pela constatação que estamos nos distanciando da meta estabelecida pelo Acordo de Paris e que novas medidas precisam ser pensadas, o principal objetivo é criar condições inovadoras ou alavancar as boas iniciativas já existentes capazes de acelerar a transição energética e o avanço de uma economia limpa no curto e médio prazo”. destaca Marina Grossi. “No encontro, o enviado especial John Kerry lembrou que é necessário ter impacto real positivo para diminuir as emissões, mas também destacou que precisamos de regras simples para qualquer mecanismo que promova esses avanços, para que tenhamos a escala necessária para reverter o aquecimento global”, detalha a presidente do CEBDS.