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Por – Luísa Hirata, Jornal da USP / Neo Mondo
Projeto da USP traz lista de plantas e alimentos tóxicos para os bichinhos
Em dúvida se você pode dar aquela fruta para o seu cachorro ou comprar aquela planta ornamental para decorar a casa? No site Petmosfera, você pode se informar sobre essas e outras questões de intoxicação por alimentos e plantas de gatos e cachorros no ambiente doméstico, além de dicas de como criar uma atmosfera segura para eles. O site é resultado de um projeto de extensão universitária de alunas e professores da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP.
Um dos objetivos do projeto é apresentar informações mais completas comparado ao que blogs e portais normalmente trazem. “Nesses locais, há a estratégia de abordar as plantas tóxicas como um ‘top 10’, então muitas espécies importantes de serem reconhecidas são deixadas de lado”, diz Júlia Waldvogel, aluna integrante do projeto. Outro alerta dado é que a intoxicação não se limita a vômitos e diarreias, como muitos podem pensar. “Algumas plantas podem ser extremamente perigosas e até causar falhas na função do coração e do sistema nervoso do pet.”
A ideia surgiu em sala de aula e tem orientação da professora Silvana Górniak. Parte das alunas do projeto são bolsistas do Programa Unificado de Bolsas de Estudos para Estudantes da Graduação (PUB) da USP.
Todo cuidado é pouco
Talvez se pense que os animais domésticos contam com o instinto para saber o que faz bem ou não para eles, mas essa habilidade se perdeu com as mudanças resultantes da domesticação. No caso das plantas, algumas espécies podem ser perigosas se forem ingeridas, mastigadas ou entrarem em contato com a pele do animal. Porém, as participantes do projeto explicam nos materiais que, se forem mantidas a uma distância segura dos pets, é possível tê-las em casa. Exemplos de plantas tóxicas são o antúrio (também conhecido como flor-de-jorge-tadeu e planta-flamingo), a azaleia e a comigo-ninguém-pode.
Já no caso dos alimentos, aqueles que são tóxicos não devem ser oferecidos de forma alguma aos animais, nem em pequenas quantidades. Chocolate, uva e abacate, por exemplo, são comidas que causam desequilíbrios no organismo animal, com o risco de deixá-lo em estado grave. Nessa seção, o projeto traz informações que abrangem outros bichos domésticos para além de cães e gatos, como coelhos e aves.
A divulgação também busca auxiliar médicos-veterinários e profissionais do segmento pet, com cursos e materiais técnicos de capacitação e distribuição de guias e cartazes informativos em clínicas e hospitais universitários. “No começo, direcionamos muitas atividades para levar informação aos donos de cães e gatos”, diz Júlia. “Mas com o tempo enxergamos outras oportunidades de público-alvo que poderiam complementar muito bem a promoção de um ambiente seguro e saudável para os pets.”
A ideia é cobrir a lacuna que muitos veterinários tiveram durante a formação, sem contato com disciplinas voltadas a essa área da toxicologia. Além disso, como muitos pet shops vendem produtos de jardinagem, os atendentes, estando mais bem informados, podem orientar os tutores de animais domésticos na escolha de plantas ornamentais, explicando os cuidados necessários com cada espécie.
Dicas gerais para um ambiente seguro
Os materiais educativos do Petmosfera incluem artigos, bancos de imagens e revistas digitais com detalhes sobre os riscos de cada planta e alimento, além do que fazer para prevenir e tratar a intoxicação. Você pode baixá-los e deixar no celular para consultar quando for preciso.
Consulte a revista digital com exemplos de plantas ornamentais tóxicas, sinais clínicos e como mantê-las fora do alcance dos animais aqui. A revista sobre os alimentos está aqui. Confira também a seção de artigos neste link para tirar outras dúvidas sobre intoxicações que podem acontecer em casa.
O Petmosfera teve fomento do Santander Universidades em conjunto com a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) da USP e recebe apoio das empresas PremieRpet e Zoetis. Se quiser entrar em contato com a equipe do Petmosfera, mande um e-mail para [email protected]. Acompanhe o projeto também pelo Instagram (@pet.mosfera).