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POR – OSCAR LOPES, ESPECIAL PARA COALIZÃO VERDE (1 PAPO RETO, NEO MONDO E O MUNDO QUE QUEREMOS)
SOBRE A COALIZÃO VERDE
Coalizão Verde é a união dos portais de notícias 1 Papo Reto, Neo Mondo e O Mundo que Queremos com o objetivo de maximizar os esforços na cobertura de temas ligados à agenda ESG
Serão plantadas 12 milhões de árvores nativas (148 espécies) numa área de 6 mil hectares, o equivalente a 6 mil campos de futebol
A AstraZeneca anunciou investimento de mais de R$ 350 milhões na restauração florestal da Mata Atlântica através do Projeto AR Corredores de Vida, eleito o melhor projeto de créditos de carbono do mundo pelo Environmental Finance 2022. Para tal façanha, a AstraZeneca firmou parceria com a Biofílica Ambipar e o IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas), através desta iniciativa serão plantadas 12 milhões de árvores, em mais de 6 mil hectares ou o equivalente a 6 mil campos de futebol, gerando 400 empregos diretos, além de proporcionar mais segurança para a fauna e flora ameaçadas de extinção.
A iniciativa da biofarmacêutica global está alinhada ao Plano Estadual de Meio Ambiente do Governo de São Paulo, que prevê investimentos de mais de R$ 2,1 bilhões em ações de sustentabilidade nos próximos quatro anos.
O Plano Estadual de Meio Ambiente prevê 21 ações em seis eixos até o final de 2026: Biodiversidade; Bioeconomia e Finanças Verdes; Parques Estaduais; Educação e Conscientização Ambiental; Fortalecimento Institucional; e Resiliência e Adaptação Climática. A iniciativa foi lançada pelo governador Tarcísio de Freitas em 5 de junho, Dia Internacional do Meio Ambiente.
O maior investimento do Plano Estadual é previsto no eixo da Biodiversidade, com estimativa de R$ 1 bilhão. Até 2026, 37,5 mil hectares de vegetação serão restaurados por meio de seis programas já em execução, como o Refloresta São Paulo e o Conexão Mata Atlântica, além de iniciativas do setor privado, como a anunciada nesta quinta.
O objetivo do projeto é criar corredores ecológicos por meio da restauração da vegetação nativa da Mata Atlântica e promover a conectividade entre os fragmentos florestais remanescentes localizados na região do Pontal do Paranapanema, no extremo oeste do Estado de São Paulo. A priori esse reflorestamento será focado em áreas privadas, podendo ser realizado futuramente em áreas públicas. A iniciativa vai ao encontro da proposta do Governo de São Paulo, que também prioriza a formação de ecossistemas que ligam áreas florestais fragmentadas, facilitam a cobertura vegetal nativa e ampliam a proteção da fauna.
A cerimônia do anúncio oficial da parceria entre AstraZeneca, Biofílica Ambipar e IPÊ no Projeto AR Corredores de Vida aconteceu nesta quinta (6) no Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo do Estado de São Paulo com a presença do Vice-Governador do Estado de São Paulo, Felício Ramuth, dos secretários estaduais Natália Resende (Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística), Jorge Lima (Desenvolvimento Econômico), executivos da farmacêutica Carlos Sánchez (vice-presidente, AstraZeneca América Latina), Olavo Corrêa (diretor-geral, AstraZeneca Brasil), Jorge Mazzei (diretor-executivo de Relações Corporativas da AstraZenica Brasil), Plínio Ribeiro (fundador da Biofílica Ambipar) e Eduardo Ditt (diretor-executivo do IPÊ).
A iniciativa local é parte do projeto global AZ Forest, cujo objetivo é plantar mais de 200 milhões de árvores em todo o planeta até o final de 2030 a fim de ajudar a combater as mudanças climáticas que afeta todo o ecossistema mundial.
Confira o que disseram os representantes das empresas envolvidas no projeto:
Olavo Corrêa (diretor-geral, AstraZeneca Brasil) – “O investimento da AstraZeneca no AR Corredores da Vida visa ajudar no combate às mudanças climáticas, melhorando a saúde das pessoas, das comunidades e do planeta, que ao nosso ver estão intrinsicamente ligadas. Mais do que Corredores da Vida, estamos contribuindo para Corredores da Saúde”.
Plínio Ribeiro (CEO da Ambifílica Ambipar) – ” O projeto de restauração no Pontal do Paranapanema existe há mais de 20 anos, mas é um processo caro e que depende de investimento contínuo para ser viabilizado e, principalmente, ganhar escala. O financiamento da iniciativa privada via carbono é hoje a melhor alternativa, pois permite que grandes companhias como a AstraZeneca possa contribuir nesse processo. O investimento será revertido no plantio de 6 mil hectares de floresta na Mata Atlântica até 2025″.
Eduardo Ditt (diretor-executivo do IPÊ) – “O IPÊ tem mais de 30 anos de atuação no Pontal do Paranapanema e começamos a implantação de corredores como uma estratégia de conservação da paisagem e de espécies ameaçadas como o mico-leão-preto. Ao longo do processo, vários parceiros foram se reunindo conosco para alavancar essa restauração florestal da Mata Atlântica, inclusive o setor privado. A nova parceria vai contribuir ainda mais com esse projeto e para a conexão da paisagem, em um bioma que é um dos mais desmatados do Brasil”.
Atualmente, São Paulo registra queda de 82% no índice de desmatamento para vegetação destruída, entre 2021 e 2022, de acordo com o Painel Verde – plataforma da gestão paulista que combina dados de satélite e autuações feitas pela Polícia Militar Ambiental.