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ARTIGO
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Por – Phelipe Spielmann, CEO e fundador da Bluebell Index, especial para Neo Mondo
É inegável que o Brasil possui uma combinação única de recursos naturais para ser líder global no combate às mudanças climáticas e na preservação ambiental. Mais da metade da Floresta Amazônica encontra-se em território brasileiro. Somado a isso, o Brasil concentra a maior biodiversidade do mundo e detém quase um sexto da água doce do planeta – um recurso vital para a construção de uma economia de baixo carbono.
No que se refere a investimentos na natureza, o Brasil possui um histórico sólido na proteção ambiental e recentemente intensificou seus esforços. A meta de zerar o desmatamento ilegal até 2030 demonstra a seriedade do país diante desse compromisso. A recente conquista de uma redução de 22% no desmatamento da Amazônia e a revisão ambiciosa de suas metas climáticas na NDC, comprovam o progresso. Segundo o Prodes/Inpe, 133 milhões de toneladas de carbono foram retiradas da atmosfera no último ano, equivalente a 7,5% das emissões nacionais.
Por outro lado, embora o Brasil tenha feito progressos consideráveis, ainda há desafios a serem superados. O desmatamento ilegal e as as queimadas representam obstáculos que exigem ações contínuas e contundentes. O país precisa investir em fiscalização, tecnologias verdes e na criação de alternativas econômicas para as populações tradicionais.
Quando falamos de metas de descarbonização, o Brasil tem o potencial de se tornar o primeiro país do G20 a atingir emissões líquidas zero de carbono. Outros passos importantes desta jornada são: reduzir em 48% até 2025 e 53% até 2030 , em relação às emissões de 2005, e o reflorestamento de 12 milhões de hectares de áreas degradadas.
Iniciativas de proteção ambiental, como projetos de redução de pegada de carbono e outros ativos ambientais para reduzir as emissões e incentivar a preservação ambiental, têm sido um dos impulsionadores para essa meta climática. Na Bluebell Index, fintech climática que incentiva, certifica e tokeniza ativos ambientais, projetos como esse têm sido cada vez mais demandados por empresas internacionais.
É importante lembrar que na COP21 – Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas – foi aprovado o Acordo de Paris, que estabeleceu que os 195 países membros da UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima) reduzam as emissões de gases de efeito estufa para estimular que a temperatura média global se mantenha no limite de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, até o fim deste século.
Para a COP30, que será realizada pela primeira vez no Brasil, em Belém do Pará, em 2025, o país tem uma oportunidade ímpar de consolidar sua liderança na luta contra as mudanças climáticas. O evento será um palco global para o Brasil apresentar seus avanços na preservação ambiental e também uma ocasião para o país mostrar ao mundo o potencial da Amazônia, como solução para a crise climática e o aumento de investimentos ambientais.
Com todos esses indicadores, o Brasil está pronto para assumir uma posição de ainda mais destaque no enfrentamento das mudanças climáticas. O país tem os recursos naturais, a experiência e o compromisso para liderar essa luta global. A COP30 será um marco importante nessa jornada, e o Brasil está preparado para construir um futuro mais sustentável. A natureza, sem dúvidas, é o nosso principal ativo, por isso, chegou a hora da economia retribuir para investir na natureza.