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ALTER DO CHÃO – O BOTO, O CARIMBÓ E O CACAU-SELVAGEM
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POR – ANDREZA TAGLIETTI
CRÉDITO DAS FOTOS – ANDREZA TAGLIETTI E LEILA MACHADO
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Conhecido como o Caribe da Amazônia, Alter do Chão está entre as dez praias mais bonitas do Brasil. O acesso à vila é feito de barco ou avião até Santarém, oeste do Pará. Confira dicas exclusivas deste recanto ainda pouco explorado pelo turismo
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Mãe, se eu ficar na água muito tempo, eu viro boto? Perguntou um menino-turista, enquanto se divertia no Igarapé do Jamaraquá – um riacho que deságua no rio Tapajós e está abrigado dentro da FLONA (Floresta Nacional), em Belterra, oeste do Pará.
Nosso banho no igarapé era mais que merecido. Havíamos (eu e uma amiga) caminhado por quatro horas dentro da floresta quente e abafada (boa parte dela, mata virgem), acompanhadas do guia local, da Comunidade Jamaraquá. Ao longo do trajeto, tivemos a oportunidade de conhecer diversos tipos de árvores, plantas, flores, insetos (borboletas, principalmente), aves, sons e aromas. Acredite, o cheiro do xixi do macaco é bom. A flor do maracujá-selvagem é linda. As formigas (gigantes!) nos ensinam o verdadeiro significado de harmonia, comunhão, colaboração. A árvore sanaúma (foto) não é um trabalho de Gaudí nem um efeito especial de estúdio para um filme do Harry Potter.
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É uma obra de arte da natureza. Uma natureza que nos recebe de braços abertos, nos acolhe e nos protege.
Ao longo do trajeto tipicamente tropical, o guia nos explicou também o trabalho da comunidade local com a seringueira e a produção do couro ecológico – nova fonte de renda da população da região. Durante a visita, foi possível entender o processo de transformação do látex em produtos ecologicamente corretos.
Almoçamos, com direito a algumas latinhas de Tijuca, deliciosa cerveja local que leva esse nome porque os paraenses amam o Rio de Janeiro. E então voltamos ao ponto inicial desse texto – o banho no igarapé; o menino-turista; e a lenda do boto – que está por todas as partes naquela região (Pará-Amazonas).
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Mas, em quatro dias de passeios por Alter do Chão e entorno, os botos nos evitaram e fugiram de nós. Em um fim de tarde, chegamos a ver um boto cinza, rapidamente. E só. Outra promessa dos guias locais foram os jacarés – “vocês verão muitos deles”. Encontramos dois ou três, que apareceram timidamente no nosso trajeto até a ponta do Jarí, um canal natural de ligação entre os rios Tapajós e Amazonas. Uma área frequentada por garças (lindas e elegantes). Nessa região, fizemos também uma caminhada pelo santuário dos pássaros. Mas nós o apelidamos carinhosamente de dormitório de bicho-preguiça. Inúmeros. Fofos. Engraçadinhos. E, sim, muito lentos. Um sossego de dar inveja a nós, paulistas.
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Em Alter do Chão e redondezas, os pores do Sol e os passeios de barco são incríveis. E divertidos. Os rios têm personalidade, como os signos do zodíaco ou um mapa astral. Duzentos metros à esquerda e tudo muda. A cor; as águas; o movimento; o cheiro; o tipo de vegetação e os animais. Cada rio tem a sua característica e o seu temperamento. Tudo depende do ascendente. Ou melhor, do afluente, do confluente, da nascente e de todos aqueles termos hidrográficos que a gente aprende na aula da 6ª série B. Conhecemos também inúmeras praias (de água doce), lagos e lagoas (confira mais destaques abaixo).
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A criatividade na gastronomia é um capítulo à parte na região. Além dos peixes locais muito bem preparados e servidos (tambaqui, por exemplo), nós nos surpreendemos com os crepes e com os bolos no café da manhã da pousada. Mas reservo aqui um espaço para a culinária caprichada e criativa dos profissionais muito atenciosos do restaurante Mango Alter. Desde os petiscos (filhote com crosta de gergelim, com molho de gengibre), as bebidas (caipirinhas e sucos de pitaia e o mojito amazônico – foto) e a sobremesa divina humildemente e carinhosamente chamada de Queimadinho (creme brullé de castanha do pará). E não, não tomamos açaí. Nunca sobrava espaço no estômago das duas turistas extremamente satisfeitas com tantas opções gastronômicas boas e diferentes.
Tive a grande sorte de encontrar uma parceira de viagem cujo relógio biológico é igual ao meu. Em todas as viagens, damos prioridade e preferência aos passeios nos quais somos acompanhadas pelo Sol. Não nos aventuramos muito pela noite de Alter do Chão. Então, fico te devendo essa parte, caro leitor. Talvez seja melhor perguntar aos inúmeros gringos e universitários notívagos que circulam pela praça principal, onde ficam centralizados os restaurantes e afins.
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Além deles, a população de Santarém costuma aparecer nos finais de semana para jantar e dançar, disseram os guias locais.
Não conseguimos visitar todos os lugares cuja atração era o Carimbó – dança e ritmo locais. Fomos apenas a uma apresentação (no Mango; já mencionado anteriormente; foto do show abaixo), na nossa última noite por lá. Mas eu, particularmente, me apaixonei por ele naquelas poucas horas de show. Bonito de se ver e de se ouvir. Delicioso de se dançar. Me despedi de Alter, trazendo alguns itens na bagagem – o Carimbó; a água doce; a natureza; o sabor da gastronomia criativa e caprichada; a simplicidade. E uma saia longa nova, laranja, linda. Só não consegui arrumar um lugarzinho na mala para o aroma da flor do cacau-selvagem (foto) que encontrei na FLONA. Esse ficou na memória dos sentidos. E foi o segundo ponto alto da viagem. Qual foi o primeiro? O menino-turista – que me fez lembrar o quão importante é mantermos uma pitada de inocência, pureza, leveza e fantasia ao longo da nossa jornada.
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Ponta do Caruru – para contemplar o pôr do Sol. Mas a vista será privilegiada na maioria das praias, não se preocupe.
Serra da Piroca – Elevação principal da região. Permite visão de 360 graus do rio Tapajós que, em alguns trechos, atinge uma largura de mais de 20 km, além de ver o Lago Verde com inúmeras baias, o Amazonas ao norte e Alter do Chão ao sul.
O Igarapé de Jamaraquá – O manancial começou a ser um dos atrativos turísticos mais frequentados da região por conta da beleza natural, com águas cristalinas, frias e por ser um ambiente tranquilo e agradável. Passou a receber muitos visitantes, principalmente nos fins de semana. Por ser um local pequeno, o igarapé já não suportava a quantidade de visitantes. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade estabeleceu algumas regras com a intenção de ordenar o uso do local e a prevenção da degradação ambiental. Informe-se sobre as regras antes de visitar.
Jamaraquá/FLONA e praias Pindobal, Aramanaí e Cajutuba – com possibilidade de pernoites autorizadas com acompanhamento de população local. A comunidade de Jamaraquá, localizada dentro da Floresta Nacional de Tapajós, o acesso pode ser feito de 4×4 ou Barco, conhecendo as praias de Pindobal ou Aramanai. A comunidade faz parte do projeto de apoio ao manejo florestal sustentável da Amazônia. O passeio propicia ao visitante conhecimento sobre a utilização dos recursos naturais pelas populações ribeirinhas. O couro ecológico (artesanal) é a nova fonte de renda, durante a visita é possível conhecer todo processo de transformação do látex em produtos ecologicamente corretos. Dependendo do horário da volta, é possível visitar as praias de Cajutuba para banhos. Informe-se sobre as regras antes de visitar.
Travessia do Lago Verde – uma baía com vegetação submersa. A paisagem é belíssima, com possibilidade de visualização de peixes e observação de aves.
Ponta de Pedras – a vegetação é composta de savana, um tipo de cerrado e floresta. Um destaque na trilha é a seringueira de grande importância econômica para a Amazônia no século passado.
Ponta do Jarí – um canal natural de ligação entre o rio Tapajós (águas claras) e o Amazonas (águas barrentas). Área inundada e dormitório de papagaios e garças. Dependendo do período do ano, é possível à observação dos jacarés. O passeio é lindo e há uma parada para um passeio a pé para ver os pássaros. Nós não vimos muitos pássaros, mas a região está dominada por bichos-preguiça.
Restaurantes – Mango Alter (excepcional – comida, atendimento, drinks e o show de Carimbó); Espaço Gastronômico Alter do Chão; Arco-íris da Amazônia (crepes simples e bons, mas há outras opções; muito bem localizado); Butikin (um pouco mais afastado, excelente estrutura e atendimento).
Vila de Alter e Praça Central – acesso ao local mais clássico de Alter do Chão. A praia Ilha do Amor é o cartão-postal da cidade, fica em frente à vila de Alter do Chão. Os visitantes fazem a travessia em barquinhos a remo. Somente em novembro, quando as águas baixam é que é possível chegar até lá andando. Foi o nosso caso.
Sobre a pousada – Belo Alter – muito boa. Em relação às outras pousadas, ela é um pouco afastada do burburinho (para quem não gosta de barulho, como eu, a localização é ideal). Vimos mais passarinhos nos cafés da manhã da pousada do que na caminhada do santuário.
Pontos fracos da viagem – logística para chegar e voltar (muitas conexões); internet/sinal de celular ruins (mesmo com wifi); quatro dias é pouco (talvez o ideal seja ficar uma semana, pois há muitas praias e comunidades para visitar (nudistas de plantão – há opções) e passeios a fazer, como a “ilha do Henry Ford” ou Fordlândia). Passeio a pé no santuário dos pássaros – não vimos muitos pássaros, mas esse é o lugar dos inúmeros e encantadores bichos-preguiça, então valeu a pena mesmo assim.
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