[vc_row][vc_column][vc_empty_space height=”50px”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]
EMPRESAS JÁ SE PREPARAM PARA MERCADO DE CARBONO
[/vc_column_text][vc_empty_space height=”10px”][vc_separator color=”custom” border_width=”3″ accent_color=”#006e39″][vc_empty_space height=”10px”][vc_column_text]
POR – CEBDS PARA NEO MONDO
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_empty_space height=”10px”][vc_column_text]
Precificação interna é praticada por pelo menos 50 empresas nacionais.
[/vc_column_text][vc_empty_space height=”10px”][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Enquanto o governo brasileiro ainda estuda opções para precificar o carbono, as empresas brasileiras assumiram a liderança no tema e já adotam mecanismos internos – e voluntários – de precificação de carbono. O mecanismo traz para a decisão dos negócios essa importante variável, e permite que as empresas tenham previsibilidade sobre uma possível taxação do carbono no futuro próximo, antes de decidir por um investimento.
O protagonismo empresarial nacional foi, inclusive, apontado no relatório State and Trend 2018 of Carbon Princing, do Banco Mundial. A postura reflete o posicionamento marcado na carta aberta apresentada no fim de 2017, no âmbito na Iniciativa Empresarial em Clima (IEC), liderada pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).
O documento, elaborado com apoio da Carbon Pricing Leadership Coalition (CPLC), do Banco Mundial, defende o estabelecimento de um mecanismo de precificação adequado à economia brasileira e ao perfil de emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) do país. Com apoio de 25 CEOs e CFOs de grandes empresas e organizações, o movimento pretende incentivar investimentos e garantir a competitividade das empresas em um cenário de baixo carbono, garantir a competitividade das empresas e estimular a inovação tecnológica de baixa emissão.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_empty_space][vc_single_image image=”9808″ img_size=”full” alignment=”center”][vc_empty_space][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]A presidente do CEBDS e integrante do Steering Committee da CPLC, Marina Grossi, destacou o esforço, junto a alta liderança governamental, na implantação de mecanismos de precificação no país.
“Precificar o carbono gera uma vantagem competitiva para o país e, neste ponto, o Brasil está muito atrasado. Nos comprometemos a reduzir as emissões, como parte da nossa contribuição ao Acordo de Paris, e a precificação é o caminho de melhor custo-benefício para acelerar o cumprimento das metas. Em julho está prevista a entrega ao Ministro da Fazenda de um estudo, encomendado pelo CEBDS, sobre a decisão estratégica que é precificar o carbono”, esclarece Marina, destacando que o movimento de precificação interna está crescendo exponencialmente entre as empresas.
Com foco na implantação da NDC brasileira e como um dos mecanismos da Política Nacional sobre Mudança do Clima, o Brasil é um dos 18 países que atualmente estudam a precificação de carbono dentro do Projeto Partnership for Market Readiness (PMR).
Marina Grossi, presidente do CEBDS
Precificação voluntária – Levantamento anual da Carbon Disclosure Project (CDP), relata que 51 empresas no Brasil, em 2017, já faziam uso ou pretendiam adotar um preço interno do carbono. O número é 80% maior se comparado a 2015, quando 27 empresas se manifestaram sobre o assunto. No mundo, 1.389 empresas relataram a adoção ou intenção de adotar um preço interno do carbono, com apoio de um número similar de empresas que apoia a implementação de precificação de carbono para redirecionamento de investimentos.
O presidente e CEO da Siemens, André Clark, defendeu que a decisão de precificar carbono é urgente. “A agenda do Brasil é uma agenda verde e precisamos nos apropriar das vantagens que temos. A redução da pegada de carbono significa reduzir todos os outros poluentes durante o processo produtivo. Isso dá resiliência aos negócios”, destacou Clark.
A Siemens, inclusive, tem foco em ganhar eficiência nos processos industriais para neutralizar às emissões de CO2 em 2030, com investimentos da ordem de € 100 milhões em todo o mundo. As medidas de inovação evitaram que, em 2017, 570 milhões de toneladas de CO2 equivalente (tCO2e) fossem emitidasnna atmosfera, inclusive em clientes da tecnologia da empresa. “Isso equivale a 80% das emissões da Alemanha, por exemplo”, reforça Clark.
André Clark, presidente e CEO da Siemens Ltda
A Braskem, a partir desse ano de 2018 passou a gerar créditos de carbono por meio da substituição de gasolina por etanol na frota de veículos corporativos. Além disso, há seis anos desenvolve engajamento voluntário de fornecedores com foco em sustentabilidade. A empresa também participa de diversas iniciativas que contribuem para o fortalecimento da agenda na rede empresarial. Para o vice-presidente da Braskem, Marcelo Cerqueira, a precificação interna promovida pelas empresas é uma forma de adequar a empresa a um mercado com mecanismos de precificação.
“O modelo de precificação de carbono é importante porque, se não acontecer, vai penalizar quem privilegia ações para reduzir sua pegada. Além disso, contribui para a tomada de decisões sobre a resiliência dos investimentos em um cenário de baixo carbono”, acredita Cerqueira. As iniciativas da empresa evitaram segundo o vice-presidente, a emissão de 4,5 milhões de tCO2e. “Nosso preço permite uma análise mais criteriosa dos investimentos. É um elemento importante considerado na análise dos projetos”, completou.
Marcelo Cerqueira (esq), VP da Braskem, e André Clark, presidente e CEO da Siemens Ltda
A afirmação é apoiada pela International Emissions Trading Association (IETA) que defende que a precificação estimula a competitividade. Para Stefano de Clara, diretor internacional de política da IETA, para o sistema dar certo é necessário o apoio do setor privado.
“Enquanto instituição apoiamos a implantação do mercado de carbono, frente à tributação, pois permite uma visão de longo prazo sobre as emissões, além de ser mais transparente. Já existe hoje um cabedal de experiências nas quais o país pode se basear na implantação de seus mecanismos de precificação, mas sem o apoio do setor empresarial será difícil avançar no tema”.
Alinhadas ao objetivo de compensar as emissões de carbono, Natura e Itaú Unibanco lançaram, em 2017, o edital “Compromisso com o Clima” para captar projetos de compensação das emissões de GEE, através da compra de 500 mil toneladas de CO2 para compensar as emissões dos últimos anos. A iniciativa conjunta busca estimular que, parceiros e fornecedores, também neutralizem suas emissões por meios de projetos em áreas como energia renovável, agricultura, floresta e tratamento de resíduos.
Gustavo Pinheiro (esq), coordenador do Portfólio de Economia de Baixo Carbono do Instituto Clima e Sociedade (iCS) e Stefano de Clara, diretor internaciona de Política da Associação Internacional de Comércio de Emissões (IETA)
“A política de compensação de carbono reforça o compromisso que a Natura tem com a agenda para mitigar o efeito das mudanças climáticas estabelecida no Acordo de Paris. A parceria com o Itaú é muito importante para gerar maior impacto positivo ambiental e social”, afirma Keyvan Macedo, gerente de sustentabilidade da Natura.
Denise Hills, superintendente de Sustentabilidade e Negócios Inclusivos do Itaú Unibanco, reforça a importância de outras instituições aderirem a iniciativas como esta. “Com a compensação voluntária são gerados novos fluxos financeiros para projetos e iniciativas que promovem a transição para uma economia de baixo carbono. Quanto mais o setor empresarial se envolver nesta jornada, melhor. Todos saem ganhando”, acrescenta.
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]