POR – DÉBORA SPITZCOVSKY / NEO MONDO
Eles não recebem benefícios e ganham menos que professor
É isso mesmo! Em Genebra, uma das cidades mais ricas do mundo, com taxa de desemprego de cerca de apenas 5%, ser deputado não é profissão! O salário de um “homem do parlamento” é de cerca de R$ 8,6 mil – valor que está abaixo da média do que ganha, por exemplo, um professor do Jardim de Infância ou, ainda, um policial da cidade.
Já aqui no Brasil, o salário de um deputado estadual pode chegar a mais de R$ 25 mil, em São Paulo, por exemplo. Ou seja, quase o triplo (!) do valor.
E essa não é a única diferença entre as duas cidades quando o assunto é a realidade dos parlamentares. Por lá, como a função de deputado consome só 25% do seu tempo de trabalho, eles são fortemente orientados a manter seus empregos originais, mesmo depois de eleitos. Ou seja, “deputado” não é profissão!
Para não atrapalhar o expediente de ninguém, as sessões do Parlamento são todas marcadas para o fim da tarde, quando todos já saíram do trabalho. E (pasmem!): por lá, os deputados ganham por hora. Ou seja, se vão as reuniões, recebem no fim do mês. Se não, nada feito! A lista de presença é passada a cada sessão e precisa ser assinada de próprio punho.
Está chocado? Pois não acabou! Em Genebra, os deputados também não têm esse tanto de benefícios que existem para os parlamentares brasileiros. Não há carro oficial, vaga exclusiva, auxílio-moradia e nem aposentadoria. E contratar parentes? Nem pensar! Um dos únicos privilégios é um vale-alimentação, no valor de 80 francos suíços – algo em torno de R$ 300.
Enquanto isso, no Brasil…