Com essas imagens podemos provar que o avanço da destruição da Amazônia apenas aumenta. © Fábio Nascimento / Greenpeace
POR – ROSANA VILLAR (GREENPEACE) / NEO MONDO
Passados dez anos do compromisso assumido com seus consumidores, fabricantes ainda não aumentaram esforços para banir o desmatamento de suas cadeias produtivas
Há 10 anos, algumas das maiores empresas do mundo prometeram parar de contribuir com o desmatamento até 2020, ou seja, até este ano. O tempo acabou e adivinhem? As florestas ainda estão sendo destruídas a um ritmo alarmante.
O compromisso foi assumido pelos membros do Fórum de Bens de Consumo (The Consumer Goods Forum – CGF) em 2010, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Cancún, sob forte pressão da sociedade civil e da comunidade científica, que já alertava para a crise climática que se aproximava e a necessidade de preservar as florestas. As companhias prometeram redobrar cuidados com fornecedores das commodities mais ligadas à destruição florestal: soja, gado, óleo de palma e papel e celulose. O que, obviamente, não aconteceu, como demonstramos com o relatório “Contagem Regressiva para a extinção”, que traz casos de envolvimento destas empresas com desmatamento, queimadas e violência no campo.
Entre 2010 e 2020, cerca de 50 milhões de hectares de florestas foram destruídos em todo o mundo para dar lugar à produção de commodities. Aproximadamente um milhão de espécies no mundo correm risco de extinção.