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POR – REDAÇÃO NEO MONDO
◼ Eletricidade verde e tecnologias de produção inovadoras podem fazer da unidade química de Ludwigshafen, na Alemanha, um farol para a proteção do clima na indústria química
◼ Parque eólico offshore adicional com capacidade de 2 GW forneceria à BASF eletricidade verde para processos de produção sem CO2 a partir de 2030
◼ Carta de intenções se concentra na indústria química neutra para o clima e hidrogênio livre de CO2
A BASF e a RWE assinaram carta de intenções cobrindo uma ampla cooperação para a criação de capacidades adicionais para eletricidade renovável e o uso de tecnologias inovadoras para proteção do clima. Martin Brudermüller, Presidente da Diretoria Executiva da BASF SE, e Markus Krebber, CEO da RWE, acompanhados pelo Presidente do Sindicato das Indústrias de Mineração, Química e Energia (IG BCE), Michael Vassiliadis, apresentaram uma ideia de projeto que mostra como a produção industrial pode se tornar sustentável e preparada para o futuro.
O projeto prevê um parque eólico offshore adicional com uma produção de 2 gigawatts (GW) para fornecer eletricidade verde à unidade química de Ludwigshafen e permitir a produção de hidrogênio livre de CO2. O objetivo é eletrificar os processos de produção de produtos químicos básicos, hoje à base de combustíveis fósseis.
Isso envolverá a utilização de tecnologias livres de CO2, como fornos de cracker a vapor aquecidos eletricamente para produzir produtos petroquímicos. “Juntos, queremos acelerar a transição para uma indústria química neutra de CO2 por meio da eletrificação e do uso de hidrogênio livre de CO2”, disseram Brudermüller e Krebber. Michael Vassiliadis, Presidente do Sindicato das Indústrias de Mineração, Química e Energia (IG BCE), comentou: “Aqui, dois parceiros fortes estão tornando a transformação favorável ao clima e a transição energética tangíveis e concretas. Apoiamos este grande projeto porque ele pode ser um símbolo do poder inovador da indústria e de seus colaboradores. Em muitos lugares, eles estão trabalhando com grande paixão e experiência para dar forma à transformação. Eles merecem todo o apoio que puderem obter.”
Esses planos podem resultar na prevenção de cerca de 3,8 milhões de toneladas métricas de emissões de CO2 por ano, das quais 2,8 milhões de toneladas seriam realizadas diretamente na BASF em Ludwigshafen. Mostra muito claramente como a proteção do clima e a competitividade podem ser harmonizadas na indústria química. Nenhum subsídio público seria necessário para a construção do parque eólico.
Martin Brudermüller, Presidente da Diretoria Executiva da BASF SE, enfatizou: “Sem a disponibilidade de volumes suficientes de eletricidade de fontes renováveis a preços competitivos, nossa transformação futura não será possível. Essa tarefa só é alcançável com uma cooperação inovadora e intensiva entre a política e a indústria requer colaboração entre as cadeias de valor. Na parceria entre a RWE, como empresa líder em geração de energia, e a BASF em produtos químicos, reunimos os pré-requisitos necessários e a vontade de dar forma às coisas.”
Markus Krebber, CEO da RWE, acrescentou: “Acoplar um novo parque eólico offshore em fase de planejamento a um cliente industrial como a BASF, que converterá sua produção em eletricidade verde e hidrogênio nesta base, seria uma inovação na Alemanha. A concretização da nossa proposta representaria uma verdadeira aceleração da expansão das energias renováveis. Claro, ainda há algumas questões em aberto, mas queremos levar isso adiante – quanto mais rápido, melhor. É assim que vamos moldar a transição de energia.”
A realização deste plano exigirá uma estrutura regulatória adequada. Os legisladores disseram que planejam aumentar significativamente as metas de expansão para energias renováveis e acelerar as adições de capacidade. Para que isso seja bem-sucedido, será necessário um processo de licitação para os locais do projeto offshore, onde os planos atuais preveem apenas o uso após 2030. As empresas defendem que esses locais sejam especificamente designados para licitações voltadas para processos de transformação industrial. Outro fator importante: a eletricidade verde não deve estar sujeita a sobretaxas de EEG (Marco Legal das Energias Renováveis Alemão). Além disso, atualmente não existe uma estrutura regulatória para a produção de hidrogênio livre de CO2.
Com o projeto apresentado hoje, a BASF e a RWE mostram como uma transformação inteligentemente planejada do setor industrial da Alemanha pode ter sucesso. “Estamos convencidos: a produção industrial neutra para o clima ‘feita na Alemanha’ garante que o valor agregado e o emprego permaneçam na Alemanha e abre oportunidades de exportação para novas tecnologias”, disseram Brudermüller e Krebber.
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