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POR – REDAÇÃO NEO MONDO
Fotógrafo Sebastião Salgado e ativista ambiental Lélia Wanick Salgado planejam plantar 15 milhões de árvores para recuperar biodiversidade no Rio Doce
O Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) realizou, na manhã desta sexta-feira (15/7), no Rio de Janeiro, o Prêmio CEBRI 2022. Nesta edição, foram homenageados a ativista ambiental, produtora fotográfica e cinematográfica Lélia Wanick Salgado e o fotógrafo Sebastião Salgado, na categoria Sustentabilidade; o editor de Internacional da Globo News, Marcelo Lins, na categoria Jornalismo; Roberto Shaeffer, na categoria Acadêmica; a especialista em Relações Internacionais, Tatiana Prazeres, na categoria Comércio Exterior; e o empresário Armando Klabin e a socióloga Anna Jaguaribe in memoriam.
Com o apoio de um banco alemão, o fotógrafo e a ativista ambiental Lélia Wanick Salgado planejam recuperar as nascentes da região do Vale do Rio Doce: “Nós assinamos um contrato com o KfW – Banco de Desenvolvimento da Alemanha para um projeto de recuperação de 4.200 nascentes na região do Rio Doce. O nosso objetivo é, nos próximos 15 anos, plantar 15 milhões de árvores na região e multiplicar a biodiversidade naquela área”, afirmou.
Durante a premiação, o fotógrafo Sebastião e Léia Wanick Salgado falaram sobre a exposição Amazônia, que estreia dia 19/7, no Rio, no Museu do Amanhã. Salgado, contou que pediu autorização do Comando do Exército para participar das missões áreas e sobrevoar a Floresta Amazônica para produzir as fotos.
Sebastião Salgado ressaltou as ações do Instituto Terra ligadas à sustentabilidade, preservação das águas e reflorestamento da Floresta Amazônica. O fotógrafo destacou a importante presença das comunidades indígenas na construção da sociedade brasileira, afirmando que a única coisa que destoa entre nós e os povos indígenas é a temporalidade de sua presença no Brasil.
A Amazônia é um bioma que ocupa quase metade do território nacional e cuja extensão inclui cerca de 300 grupos étnicos. Da década de 1980 até 2019, Sebastião Salgado fez fotografias das águas, terras e céu da Amazônia, contribuindo para a projeção internacional da temática ambiental e da sustentabilidade.
Participaram também da cerimônia de premiação o presidente do Conselho Curador do CEBRI, José Pio Borges, a Diretora-Presidente do CEBRI, Julia Dias Leite, e os Conselheiros do CEBRI Clarissa Lins, José Alfredo Graça Lima, Marcos Azambuja, Tomas Zinner e Izabella Teixeira.
O pesquisador Roberto Schaeffer destacou a relevância de um prêmio homenageando a área acadêmica, o que não é comum no Brasil. Klabin relatou a trajetória empresarial de seu pai, focada na preservação das relações familiares e no respeito às comunidades locais, com a defesa de questões sociais. Anna Jaguaribe foi homenageada por José Pio Borges, Presidente do Conselho Curador do CEBRI, de quem era amiga e com quem trabalhou diretamente no CEBRI, e por sua irmã, Cláudia Jaguaribe.
Sobre o Prêmio CEBRI: Criado em 2008, o Prêmio CEBRI homenageia, a cada dois anos, personalidades que se distinguem em áreas e temas relevantes para a agenda internacional do Brasil. Inicialmente, era restrito às áreas empresarial e acadêmica. Em 2018, foi criada a categoria jornalística. Nesta edição, o CEBRI passou a premiar também nas categorias Sustentabilidade e Comércio Exterior. Dentre os homenageados em edições anteriores, estão, entre outros, o jornalista Fernando Gabeira, o ex-Embaixador Rubens Ricupero, o sociólogo e imortal Hélio Jaguaribe, o banqueiro Roberto Setúbal, o acadêmico Edmar Bacha e o ex-Embaixador Walther Moreira Salles, um dos fundadores do CEBRI.