Imagem – Divulgação
EDNA, o novo filme do cineasta Eryk Rocha, será lançado dia 8 de setembro em circuito nacional. O documentário teve sua estreia mundial no prestigiado festival Visions du Réel na Suíça, na competição internacional Burning Lights, em abril de 2021.No Brasil, o filme estreou no maior festival de documentários da América Latina É Tudo Verdade na Competição Brasileira de Longas. O filme é uma produção da Aruac Filmes com o apoio de Cinebrasil TV e Rumos Itaú Cultural.
“Edna vive a solidão de um testemunho que, por causa do medo e do risco, durante muito tempo foi silenciado. Ela quer falar, quer ser ouvida. Por isso escreve poesia e nos ensina a ouvir a voz do vento. Edna nos provoca a sonhar longe. Então seus cadernos, memórias e escritos são uma extensão de sua resistência”, declara Eryk Rocha sobre seu nono longa metragem, “Edna cria mundos dentro de um mundo infernal. Ela encarna o corpo-terra, a luta pela terra. Ela traz suas marcas, experiências que se entrelaçam com a tragédia histórica do Brasil e que tão cruelmente tem a ver com o nosso presente. Presente de feridas abertas e questões cruciais que ainda não fomos capazes de resolver como “povos”. Como diz Edna: “A Guerra ainda não acabou…..” complementou diretor.
Desde a sua estreia, EDNA, já foi selecionado em mais de 30 festivais nacionais e internacionais, com destaque para Telluride Film Festival e DOCNY, nos EUA, o Festival Porto/Post Doc em Portugal, DMZ International Documentary Film Festival da Coreia do Sul, RIDM Montreal e Doxa Vancouver no Canadá, L’Alternativa – 28º Festival de Cinema Independente e FICX Gijón na Espanha. Dentro da América Latina o filme foi exibido no México, no Festival Ambulante, no Uruguai no Docmontevideo e Festival Cinematográfico Internacional do Uruguai ena Colômbia no MIDBO Bogotá.
Para além das prestigiadas seleções o filme vem sendo premiado e distinguido com diversos prêmios por todo o mundo, como no Chile, onde recebeu o Prémio de Melhor Direção no festival FICVIÑA, na França comMelhor Documentário no Festival Biarritz Amérique Latine, na Itália, Menção Honrosa no festival de Pesaro, no México, Melhor Fotografia no festival FICG Guadalajara, no Brasil, com Melhor Longa Metragem nos Festivais Panorama Coisa de Cinema e Cine Alter do Chão. Também no Brasil, na Mostra Ecofalante, o filme recebeu a Menção Honrosa do Júri e mais recentemente na sua estreia Argentina no Festival de Cinema Político de Buenos Aires, foi premiado com o Prêmio Especial do Júri.
Edna é um filme onde o sussurro guarda um grito. Onde o preto e branco apagam as cores vivas de um país que segue vivendo, nas palavras da própria protagonista, “uma guerra que nunca acabou.” Afirma Gabriela Carneiro Cunha responsável pelo argumento original.
Sinopse
Vivendo à beira da rodovia Transbrasiliana, na Amazônia brasileira, Edna é testemunha de uma terra em ruínas construída sobre massacres.
Criada apenas pela mãe, ela vivencia em seu corpo e no de seus descendentes as marcas de uma guerra que, segundo ela, nunca acabou.
Por meio de seus relatos e escritos, o filme constrói uma narrativa híbrida que se move entre a realidade e o imaginário. Tudo é tecido a partir da memória de Edna e seu diário intitulado “História da Minha Vida”. Uma vida de guerrilhas, desaparecimentos e desmatamentos, mas também a força das mulheres, rios e matas que insistem em sobreviver. Uma poeta transformada em olhos que apesar de verem não podem falar. Ela sonha sair dali para um lugar que não sabe aonde.
Assista ao trailer: