Emissões de gases de efeito estufa são uns dos maiores fatores relacionados às mudanças climáticas no mundo – Imagem: Pixabay
POR – REDAÇÃO NEO MONDO
Desenvolvido pela Fundação Espaço ECO, material orienta negócios com passo a passo para um desenvolvimento sustentável
As atenções em torno da COP27 prometem levar empresas e governos a repensarem suas estratégias de gestão do carbono a partir dos próximos anos, se tornando um dos desafios mais complexos a serem resolvidos para não tornar o planeta inabitável. Pensando nisso, a Fundação Espaço ECO, consultoria para sustentabilidade instituída e mantida pela BASF desde 2005, acaba de lançar o guia Jornada de Carbono, com o objetivo de apoiar organizações no desenvolvimento de estratégias mais efetivas em termos de descarbonização.
“Entendemos que as empresas possuem um papel de responsabilidade na diminuição dos impactos ambientais. Por isso, elaboramos o Guia para ajudá-las a construir uma estratégia de descarbonização com um passo a passo, a fim de promover o desenvolvimento sustentável no ambiente empresarial com impacto direto na sociedade”, conta Rebeca Venâncio, Analista de Sustentabilidade Aplicada na Fundação Espaço ECO.
A especialista explica que a gestão de carbono diz respeito ao processo de medição e gestão do volume de carbono emitido para a atmosfera, em que as empresas começam a criar consciência de seu papel ao identificar oportunidades de redução das emissões, bem como implementar uma estratégia de sustentabilidade em carbono como parte essencial do negócio.
O material apresenta conceitos-chave para as organizações pensarem sobre a importância do carbono em suas cadeias de valor, além de reunir as principais referências técnicas para que diferentes setores de mercado se qualifiquem a ponto de desenvolver um plano de gestão de carbono compatível com o negócio.
De forma resumida, para uma organização implementar uma estratégia de gestão de carbono bem-sucedida, é necessário que ela inicie uma jornada sustentável com base em 5 etapas: Diagnosticar, Quantificar, Reduzir, Compensar e Inovar.
“O objetivo é que a empresa, inicialmente, realize um processo de autoconhecimento do negócio. Quando ela compreende seu impacto social e ambiental, é possível construir uma estratégia que torne o negócio mais sustentável”, esclarece Venâncio.
Como está o planeta?
A partir de 2015, com a aprovação do Acordo de Paris (COP21), substituto do Protocolo de Kyoto, foi fixada a meta de limitar o aumento da temperatura média do planeta a um patamar inferior a 2ºC em relação a níveis pré-industriais. Com a indicação de esforços para que o limite de 1,5ºC não seja ultrapassado, cada país membro apresentou suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (do Inglês Nationally Determined Contributions – NDCs) para reduzir suas emissões a fim de atingir a meta estipulada.
As NDCs submetidas pelo governo brasileiro, ratificadas em 2016, previam a meta de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% até 2025 e em 43% até 2030, ambas em comparação às emissões de 2005. “Todos precisam se envolver para alcançar essas metas, governos, sociedade civil e empresas”, explica Egydio.
O Guia também contempla um glossário ESG, uma linha do tempo das resoluções elaboradas em todas as Conferências do Clima anteriores, e explicações de conceitos como economia circular, precificação e crédito de carbono e aquecimento global.
Com o tema “Juntos para a implementação”, a 27ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27) será realizada entre os dias 6 e 18 de novembro, no Egito. O evento reunirá líderes mundiais em um debate sobre medidas para conter as mudanças climáticas.
O guia pode ser encontrado gratuitamente no site da Fundação Espaço ECO.
