Foto – iStock
POR – REDAÇÃO NEO MONDO
O tema das mudanças climáticas nunca esteve tão em alta. Conferências internacionais, acordos comerciais e até estabelecimento de investimentos em startups têm sido influenciadas pelo grau de responsabilidade ambiental que as partes apresentam.
Como um problema causado por diversos fatores simultaneamente, ele deve ser abordado de diferentes maneiras para ser controlado. E a inovação, nos dias de hoje, não pode estar descolada dessa realidade. Por isso existem programas de aceleração de startups focados em soluções neste sentido, como o InovAtiva de Impacto Socioambiental.
Conheça seis startups que passaram pelo hub InovAtiva que trabalham com mudança de atitude, nas esferas governamentais, corporativas e individuais:
Compromisso zero aterro até 2030
Fundada em 2019, a 4H é uma cleantech que evoluiu para um ecossistema que busca zerar a destinação de todos os tipos de resíduos para aterros sanitários até 2030, ajudando a reduzir as mudanças climáticas. Em sua plataforma, os agentes do processo de descarte e reaproveitamento de resíduos são conectados e todos ganham: além de eliminar os gastos das empresas no tratamento do lixo de forma sustentável, o mesmo se transforma em dinheiro para as associações de recicladores e outros agentes do processo.
Prevenção de incêndios florestais
A Quiron Digital, participante pela terceira vez do Startup OutReach Brasil, é especializada no desenvolvimento de soluções com objetivo de proteger e otimizar o potencial das florestas em qualquer lugar do mundo. A empresa pretende construir a maior plataforma de monitoramento florestal do mundo, prevendo riscos e oferecendo insights únicos.
Uma das soluções, o Flareless, gera um mapa de risco de incêndio com predição de 10 dias, com indicação georreferenciada dos pontos críticos para atuação em campo, antecipando cenários onde as queimadas podem causar situações mais extremas. As soluções Quiron combinam dados satelitais e inteligência artificial de ponta, dando ao gestor florestal capacidade de estar um passo à frente na tecnologia de proteção e manejo de florestas.
Apoio financeiro em troca de reciclagem
A Coletando é a primeira Green Fintech para Logística Reversa do Brasil. A startup oferece uma ferramenta para o combate à pobreza dos brasileiros que se engajam na destinação correta de resíduos sólidos da sua cidade. Isso é feito por meio do incentivo à coleta de resíduos em Ecopontos fixos e itinerantes que já estão disponíveis em São Paulo, Rio de Janeiro, Espirito Santo, Bahia, Minas Gerais e Paraná. Qualquer pessoa pode abrir uma conta Coletando pelo aplicativo e cada entrega de resíduos recicláveis é remunerada diretamente de acordo com o peso e material. O valor fica disponível para uso por meio de cartão (físico) pré-pago, ativo para compras, pagamento de contas e saques.
Investimento em economia circular
A GreenPlat é uma startup de tecnologia que oferece inovação para todo o processo de gestão de indicadores ambientais por meio da PlataformaVerde™, um software SaaS em blockchain para gestão de resíduos e monitoramento dos indicadores ESG. Reconhecida pelo Fórum Econômico Mundial e outras 30 entidades como Tecnologia Pioneira no setor, a startup participou dos Ciclos Nova York e Santiago do Startup OutReach Brasil, programa gratuito de internacionalização de startups brasileiras nos ecossistemas mais promissores do mundo, em busca de novos mercados.
Atualmente, atendem mais de 1.500 clientes de diversos segmentos, tendo rastreado em 2022, mais de 1,6 milhões de toneladas de resíduos, proporcionando não só ganhos ambientais às empresas como também, ganhos financeiros e operacionais, trazendo excelência para a Gestão Ambiental.
Compensação de emissões de carbono
Tudo que fazemos no cotidiano emite carbono. Desde o consumo de combustível nos nossos carros, até a energia que alimenta nosso computador. A Carbon Free é uma startup que nasceu do compromisso de ajudar seus clientes a serem mais sustentáveis. A climatech ajuda empresas a darem o primeiro passo na jornada ESG por meio da neutralização de carbono.
Para isso, é realizado inicialmente o cálculo real de toda atividade de cada um por meio da coleta de dados factuais mensalmente. Depois disso, a empresa faz a compensação. São selecionados projetos ambientais com créditos de carbono certificados em padrões internacionais do mercado voluntário de carbono, que entregam benefícios não só para o meio ambiente, mas para toda a comunidade envolvida. Ao término do processo, seu cliente recebe o selo Carbon Free® para usar em sua comunicação.
Redução no desperdício de alimentos
Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/ONU), cerca de um terço de todos os alimentos produzidos para consumo humano é jogado no lixo anualmente. Essa quantidade faz com que toda a comida desperdiçada no mundo responda por mais emissões de gases de efeito estufa do que qualquer país, exceto China e Estados Unidos. Ou seja, esse problema ocupa o 3° lugar entre as maiores causas do aquecimento global. Um dos alimentos que mais prejudicam na emissão é a carne: 1kg de carne desperdiçada equivale a 60 kg de CO2 emitido.
A foodtech de impacto Restin nasceu com o objetivo de reduzir o desperdício de alimentos que está na indústria, focando em proteínas, estocáveis e laticínios. Para isso, ela oferece produtos que estão próximos da validade para o Food Service (restaurantes comerciais, industriais, lanchonetes, bares, buffets, etc). Assim, ela consegue gerar rentabilidade para a indústria, economia para o food service na compra de insumos e combate ao desperdício de alimentos.