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POR REDAÇÃO NEO MONDO
O corte de alimentos de origem animal do cardápio pode ajudar a combater o desperdício de água e a emissão de gases do efeito estufa
O vegetarianismo há muito tempo deixou de ser apenas uma tendência e se tornou uma realidade no mundo inteiro. A cada dia, o número de adeptos vem crescendo, e no Brasil já são mais de 30 milhões de pessoas, o que significa 14% da população que adotou essa dieta, segundo dados de uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2018.
Além de ser uma forma de alimentação muito saudável, uma dieta vegetariana ou vegana gera inúmeros benefícios para o meio ambiente, pois propõe o corte do consumo de alimentos de origem animal.
Segundo um estudo realizado pela Universidade de Oxford, localizada no Reino Unido, produtos de origem animal têm um grande impacto negativo no meio ambiente, pois contribuem para a emissão de gases do efeito estufa e geram um enorme desperdício de água e recursos naturais.
Outro dado importante que a pesquisa revelou é que o uso de terras para a produção de alimentos diminuiria 75% se todas as pessoas adotassem uma dieta livre de alimentos de origem animal. Isso geraria um grande impacto ambiental, economizando inúmeros recursos ambientais, além de aumentar as áreas onde seria possível realizar um reflorestamento, melhorando a qualidade de vida globalmente.
O vegetarianismo também pode ajudar a combater a fome no mundo. Isso porque estima-se que mais da metade de todos os grãos produzidos no mundo vão para a pecuária, sendo utilizados na alimentação de rebanhos. Se todo esse alimento fosse revertido para a alimentação de seres humanos, isso poderia ajudar a combater a fome em todo o mundo.
A dieta vegana também é muito mais saudável, se comparada a uma dieta convencional de base animal, pois ela propõe um maior consumo de verduras, frutas, legumes, grãos e cereais, que são alimentos muito nutritivos e ajudam a prevenir inúmeras doenças.
De acordo com a Sociedade Vegetariana Brasileira, as dietas vegetarianas são divididas em 5 tipos:
- Ovolactovegetarianismo: Dieta onde a pessoa não consome nenhum tipo de carne, porém ovos, leite e laticínios fazem parte da alimentação;
- Lactovegetarianismo: Neste modelo apenas leite e laticínios são os alimentos de origem animal que fazem parte da dieta;
- Ovovegetarianismo: Os adeptos consomem ovos livremente;
- Vegetarianismo estrito: As pessoas que optam pela dieta do vegetarianismo estrito não consomem nenhum tipo de alimento de origem animal;
- Veganismo: É um estilo de vida que procura excluir todo tipo de exploração animal, incluindo, além da alimentação, o vestuário, os cosméticos ou qualquer forma de consumo.
O vegetarianismo vem crescendo muito no Brasil, e o mercado vem se adaptando para suprir essa demanda. Entre janeiro de 2012 e dezembro de 2017, o termo “vegano” aumentou em 14x nas buscas, e os estabelecimentos estão atentos a isso.
Estima-se que existam 240 restaurantes com cardápio vegetariano ou vegano em todo o Brasil. Com essa popularização, restaurantes e mercados que oferecem essa opção de comida precisam se preparar para receber mais clientes, realizando um credenciamento de vale-alimentação, por exemplo, pois a quantidade de consumidores interessados em um estilo de vida livre da exploração animal vem crescendo a cada ano.
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