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POR – REDAÇÃO NEO MONDO
Brasilprev, Bradesco Previdência, Itaú Previdência, Caixa Seguridade e Zurich Previdência são as cinco maiores entidades de previdência complementar abertas no Brasil e serão avaliadas no 4º ciclo do Ranking da Atuação Socioambiental de instituições financeiras (RASA). Ao todo, 17 entidades, sendo 12 fundos de pensão (como PREVI, PETROS, FUNCEF e Valia), terão analisadas suas políticas e ações em matéria ASG. Os resultados finais serão divulgados no fim de novembro.
Entre as 17 estão as maiores Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPCs) e Fechadas (EFPCs) em atuação no país. Os ativos geridos pelas cinco maiores do mercado de previdência complementar aberta representam 86% dos investimentos sob gestão das EAPCs no Brasil. E as 12 EFPCs selecionadas geram cerca de 60% dos ativos desse universo, que envolve mais de 270 entidades, no Brasil.
As EAPCs são empresas que administram planos de previdência privada complementar que podem ser adquiridos por qualquer pessoa. Elas são reguladas pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Já as EFPCs, também conhecidas como fundos de pensão, são entidades sem fins lucrativos e que se organizam sob a forma de uma fundação ou sociedade civil. Elas atendem apenas empregados de uma empresa ou ente público e são reguladas pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC). As 12 a serem analisadas são: PREVI, PETROS, FUNCEF, VIVEST, Fundação Itaú, Valia, BANESPREV, SISTEL, FORLUZ, Real Grandeza, FAPES e Fundação COPEL, cujos ativos em conjunto representam cerca de 60% das EFPCs brasileiras.
De acordo com dados da PREVIC, cerca de 75% dos investimentos das EFPCs estão alocados em títulos da dívida pública. Para esses ativos, não é possível a análise da integração de fatores ASG, mas o RASA avalia a integração ou não desses fatores quando fundos de pensão optam por investir em títulos privados (de empresas) e imóveis.
Metodologia
A metodologia do ranking prevê um período de coleta e análise de informações públicas das entidades. Serão consideradas: suas Políticas de Sustentabilidade (apesar de não ser ainda obrigatório para EFPCs, algumas já possuem) e outras informações disponíveis nos sites; os Relatórios Anuais; o Formulário de Referência (para as que captam recursos no mercado de capitais, caso de algumas EAPCs); os relatórios PRI (Principles for Responsible Investment); as respostas aos questionários CDP (Carbon Disclosure Project), além das respostas ao Índice de Sustentabilidade da B3 (ISE), quando elas respondem.
É importante destacar que os relatórios PRI (Principles for Responsible Investment) são uma das melhores fontes de informações relacionadas a práticas de investimento responsável e integração de critérios ASG nas estratégias de investimento das instituições financeiras. E as respostas aos questionários CDP (Carbon Disclosure Project) são dadas geralmente pelas entidades abertas, pois elas dependem da captação de investimentos e essa é uma fonte relevante para investidores e stakeholders preocupados com questões ambientais.
Após o período de coleta e análise, as entidades terão um prazo de três semanas para acrescentar informações relevantes (à luz da Metodologia do RASA) para sua avaliação. Como nos ciclos anteriores, os resultados serão anunciados e discutidos em live da SIS a ser realizada na última semana de novembro.