Acompanhe o webinar sobre as principais regras para que importantes setores da economia sejam sustentáveis – Foto: Divulgação/Freepik
POR – REDAÇÃO NEO MONDO
Organizações da Sociedade civil discutem em evento online parâmetros de definição de atividades sustentáveis
Quais são as principais regras para que importantes setores da economia, como agronegócio, energia, mineração e destinação de resíduos, só para citar quatro, sejam realmente sustentáveis? Essa é
uma das perguntas que será respondida na próxima segunda-feira, 17 de março, pela Associação Soluções Inclusivas Sustentáveis (SIS) no evento online de lançamento do Policy Brief “Contribuições da SIS para a consulta pública da Taxonomia Sustentável Brasileira”.
Leia também: Ranking RASA: bancos ainda longe do ideal
Leia também: Bancos comerciais brasileiros evoluíram pouco no seu desempenho climático e socioambiental em dois anos
O webinar acontece das 9h30 às 11h e terá participação de Suely Araújo, do Observatório do Clima, que abordará a Agropecuária e Florestas; Júlio Grillo, do Fórum Permanente do São Francisco, que vai
falar sobre Mineração; Shigueo Watanabe, do Climainfo, que discutirá o setor de Energia; Paula Pollini, do Instituto Água e Saneamento, tratará de Água e Esgoto e Victor Argentino, do Instituto Pólis, que abordará a Destinação de Resíduos. Guilherme Lima apresentará as propostas para o setor de Construção Civil e Carine Vieira as propostas para o setor de Indústria da Transformação – ambos são da equipe da SIS. Já Marcos Woortmann, do Instituto Democracia e Sustentabilidade, debaterá as propostas para o setor de Transportes.
De forma bem simplista, a taxonomia é uma classificação – uma espécie de régua comum a todos os setores – que ajuda a definir como deve se dar o avanço em matéria de sustentabilidade. A Taxonomia
Sustentável brasileira, em elaboração, está em consulta pública até 31 de março e o documento produzido pela SIS contempla todas as recomendações que a organização tem de inclusões, alterações e
exclusões de atividades, com base nos objetivos definidos como prioritários, que foram a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas e os objetivos sociais de redução das desigualdades de gênero, raciais, socioeconômicas e regionais.
O apoio ao desenvolvimento de uma Taxonomia Sustentável do Brasil é um dos principais eixos de atuação da SIS, que participa do Comitê Consultivo da TSB como representante da sociedade civil. A associação tem acompanhado de perto o desenvolvimento das diretrizes que pretendem direcionar mais capitais (e também seguros) para uma economia mais verde, inclusiva e regenerativa, contribuindo ativamente para a definição de atividades sustentáveis em setores estratégicos.
As contribuições da SIS buscam incorporar objetivos sociais em setores econômicos nos quais as desigualdades são relevantes, como agropecuária e florestas, habitação (Construção Civil), água e esgoto,
energia elétrica, coleta de resíduos e transporte coletivo, bem como desenvolvimentos tecnológicos recentes, tais como hidrogênio verde e baterias de água e sal. Várias das propostas também estão alinhadas a objetivos de adaptação às mudanças climáticas. As inscrições para o evento são gratuitas e podem ser feitas até domingo, dia 16, pelo e-mail eventos@sis.org.br.
Oficinas realizadas
Já foram realizadas duas oficinas sobre taxonomia — a primeira, em 12 de fevereiro, sobre adaptação às mudanças climáticas com foco nas populações vulnerabilizadas e a segunda, em 10 de março, sobre redução das desigualdades de gênero, raça, sociais e regionais. Será realizada mais uma, agendada para o dia 24 de março, dessa vez com foco no setor de mineração. Essas oficinas fazem parte da estratégia do
Comitê Intergovernamental da Taxonomia Sustentável Brasileira (TSB) de estimular discussões mais amplas entre o Comitê Consultivo da TSB e outros setores da sociedade. O evento do dia 24 é organizado pela SIS e pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC). Para ter acesso aos conteúdos anteriores, veja o site da SIS.