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POR – REDAÇÃO NEO MONDO
A Brazil Restoration & Bioeconomy Finance Coalition (BRB FC) ganhou dois novos membros: a brasileira Suzano, a maior fabricante de celulose do mundo, e o WRI Brasil, instituição que desenvolve estudos e projetos de baixo carbono para proteger a natureza. Os parceiros recém-chegados vêm se juntar a uma coalizão de instituições públicas e privadas cujo objetivo é mobilizar recursos financeiros para restaurar as florestas brasileiras e impulsionar a bioeconomia.
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Os membros do BRB FC têm como objetivo destinar US$ 10 bilhões para projetos de restauração e bioeconomia até 2030, apoiando a recuperação de pelo menos 5 milhões de hectares de florestas brasileiras, uma área maior do que a Costa Rica, contribuindo para os esforços do Brasil de deter e reverter o desmatamento nesse período. As metas da coalizão também incluem a redução de 1 gigaton de emissões de carbono até 2050 e o investimento de pelo menos US$ 500 milhões em iniciativas que beneficiem populações indígenas e comunidades locais na Amazônia e em outros biomas brasileiros.
Os ambiciosos planos do BRB, revelados em novembro de 2024, na ocasião do G-20, foram reforçados em um painel recente no Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, que contou com a participação da Conservation International, BTG Pactual e do cientista Carlos Nobre, que também é membro do conselho do BNDES. Os fundadores da coalizão incluem Agni, Banco do Brasil, BNDES, Biomas, BTG Pactual, Conservation International, The Nature Conservancy, Grupo Banco Mundial, BID Invest, Instituto Arapyaú, Instituto Clima e Sociedade, Instituto Itaúsa, Mombak, Regia Capital e re.green. A secretaria executiva da coalizão é gerida pelo Nature Investment Lab (NIL), criado no ano passado para impulsionar projetos de Soluções Baseadas na Natureza (NBS).
Os novos membros possuem ampla experiência em preservação ambiental. O programa de restauração ecológica da Suzano, que abrange mais de 39 mil hectares de terras degradadas, foi reconhecido pelas Nações Unidas. A empresa também é proprietária de uma das maiores áreas privadas de florestas nativas do Brasil, com 1,1 milhão de hectares, e tem como meta conectar meio milhão de hectares de áreas prioritárias no Cerrado, na Mata Atlântica e na Amazônia até 2030, por meio da implementação de corredores ecológicos. O WRI Brasil faz parte do World Resources Institute (WRI), que atua globalmente desde 1982, com representações na China, Colômbia, Índia, Indonésia, México e Estados Unidos, além de escritórios regionais na África e na Europa. No Brasil, o trabalho do WRI está focado em três programas principais: Cidades; Clima e Florestas; e Uso da Terra e Agricultura.