POR – INSTITUTO ETHOS
Lançamentos e inovação marcam a 19ª edição do evento
Em quase 20 horas de programação a Conferência Ethos 360º, realizada nos dias 26 e 27 de setembro em São Paulo, discutiu com líderes, representantes de empresas, organizações da sociedade civil e academia, especialistas nacionais e internacionais, uma vasta pluralidade de temas transversais entre os conteúdos de diversidade e direitos humanos; integridade e combate à corrupção; sustentabilidade e meio ambiente.
Cerca de 1.200 pessoas tiveram a oportunidade de participar de 60 atividades, em 5 palcos diferentes, abordando tanto questões globais como uma perspectiva do Brasil sobre temas como raça, gênero, LGBTQIA, clima, mobilidade urbana, trabalho decente, transparência, democracia, reputação e desigualdade social, entre outros.
Conceituada por fomentar diálogos profundos, a Conferência Ethos, que neste ano realizou a 19º edição em São Paulo, inovou mais uma vez. Desde 2014 com o formato 360º, no qual os painéis acontecem simultaneamente no mesmo espaço, sem divisórias ou isolamento acústico, a Conferência desta vez promoveu interatividade ainda maior. Não apenas nos painéis de abertura, mas também em outros momentos, foi possível acompanhar através de vários palcos um debate em comum.
Abertura
CEOs de várias empresas participaram da abertura do evento. João Paulo Ferreira, presidente da Natura; Flavio Cotini, presidente e CEO do Walmart Brasil; Janete Vaz, cofundadora e presidente do Grupo Sabin; e Otávio Carvalheira, presidente da Alcoa Brasil falaram sobre a atual conjuntura econômica e social e apontaram perspectivas de ações.
Franklin Feder, presidente do conselho deliberativo do Instituto Ethos, encerrou a abertura lembrando que a base da sustentabilidade, se chama integridade. Feder terminou sua fala ressaltando que a reflexão e a tomada de decisão figuram como objetivos do encontro. “Nossa missão é sairmos do evento prontos para atuar (agir) com uma agenda de desenvolvimento de longo prazo.”
Lançamentos
Um total de 4 lançamentos foram realizados durante os dois dias de Conferência: Publicação de Financiamento Climático para Adaptação no Brasil, Guia Temático de Clima, Plano Nacional de Integridade, Transparência e Combate à Corrupção e Índice Global de Segurança Alimentar, do The Economist Unit.
Sobre o índice, após quatro anos consecutivos de bons resultados, foi constatada a piora na disponibilidade, segurança e qualidade dos alimentos consumidos. Além disso, foi relacionada a questão do combate à fome e possíveis impactos decorrentes dos cortes no orçamento realizados pelo Ministério da Agricultura.
O Financiamento Climático também trouxe uma abordagem quanto à produção de alimentos num cenário de aquecimento global e análises referentes ao papel das empresas, a fim de mitigar riscos. Foi lançado o Guia Temático de Clima, com indicadores específicos para que as empresas possam ter a exata noção do status de suas ações com relação ao aumento da temperatura.
O texto base do Plano Nacional de Integridade, Transparência e Combate à Corrupção que contou com a presença do ex-ministro da CGU, Jorge Hage, apresentou, simultaneamente em todos os palcos, um conjunto de propostas e medidas a serem contempladas em um Plano Nacional que seja capaz de tratar os temas de forma sistêmica.
“Neste lançamento, juntamos diferentes iniciativas sobre o tema, num processo para convergir as ações com uma maior articulação das iniciativas e maior capacidade de atuação em toda a agenda”, avalia Paula Oda, coordenadora de Projetos e Políticas Públicas do Ethos.
Articulação
Os painéis de encerramento trouxeram organizações, coletivos e movimentos sociais que espalhados em 3 palcos num primeiro momento discutiram sobre racismo, representatividade, mobilidade urbana, orientação sexual, juventude, feminismo, mídias alternativas, bem-estar animal e participação social nos processos de construção de políticas públicas. Já no segundo momento, mais de 10 representantes dessas iniciativas, dialogaram entre si e com a plateia os pontos debatidos na parte inicial da conversa.
Ao final, o diretor presidente do Instituto Ethos, Caio Magri, fez um convite: “É perceptível que precisamos ampliar este debate e nos unir em prol de uma agenda comum. Venham para o Ethos e façamos dele um espaço para estreitamento destas questões, incluindo o setor privado. Este é um momento que põe à nossa frente o dever de ocupar espaços, sobretudo os espaços de poder, em especial o congresso, disse Magri.
Um ponto que permeou toda a discussão deste painel de encerramento foi a questão das eleições em 2018, vista como “uma janela de oportunidades”, como destacou Magri.
Diversidade
A diversidade esteve presente em todos os momentos da Conferência, desde os prestadores de serviço aos palestrantes. Houve uma preocupação institucional em comtemplar a presença e participação de mulheres, negros e pessoas com deficiência. O evento procurou equilibrar o número de homens e mulheres, além de contar com mais negros e representantes de grupos LGBTQIA nas mesas de discussão. “As empresas são hoje colocadas numa posição de afirmar não só internamente, mas também externamente o apoio a estas causas”, destaca Edson Lopes, gerente de Promoções e Eventos do Instituto Ethos.
“Os debates na conferência também contemplaram ao máximo essas questões de representatividade. As mesas discutiram desde a trajetória de mulheres líderes até a desigualdade na presença de negras e negros no mercado de trabalho”, reforça Sheila Carvalho, coordenadora de Projetos e Políticas Públicas do Ethos.
A cobertura online do evento foi realizada através do Twitter do Instituto Ethos, com postagens de falas dos participantes dos painéis. Já o conteúdo das mesas será disponibilizado em breve através do nosso site (www.ethos.org.br).
