Ruivaldo Nery de Andrade, pantaneiro que dá nome ao título do documentário – Foto/João Farkas
POR – BAOBÁ COMUNICAÇÃO / NEO MONDO
O filme, dirigido por Jorge Bodanzky e com codireção e fotografia de João Farkas, leva para a tela, por meio do personagem central que dá nome à obra, sua luta diária para sobreviver diante das consequências do assoreamento do Rio Taquari
O projeto “Documenta Pantanal” irá promover, nos próximos meses, uma série de lançamentos. São trabalhos que registram esse ecossistema por meio de fotos, livros e filmes que trazem a assinatura de renomados profissionais, como Luciano Candisani, Araquém Alcântara e chef Paulo Machado, além do próprio João Farkas, que é um dos organizadores do projeto.
Entre as diversas iniciativas, a primeira delas ocorrerá em Bruxelas, em 23 de setembro, com a estreia internacional – do documentário “Ruivaldo, o Homem que Salvou a Terra”, que tem direção de Jorge Bodanzky e Farkas como codiretor. O evento ocorrerá no Musée des Sciences Naturelles – Institut Royal e Fundo Leopoldo III. De acordo com a produtora do filme, Mônica Guimarães, a escolha pela capital belga para a primeira exibição pública do filme deve-se ao fato de ter sido convidado, por meio da produtora e curadora brasileira residente em Bruxelas, Cristina Barros, pelo Fundo Leopoldo III, que abrirá as portas do museu para a avant-première. Mônica adianta que a princesa Esmeralda, grande apoiadora da preservação ambiental (assim como seu pai, Leopoldo III, que foi um grande precursor da defesa da natureza), dará as boas-vindas aos convidados.
Foto – João Farkas
A obra, que evidencia a degradação gerada pelo assoreamento dos rios e suas muitas sequelas na região, encontra em Ruivaldo Nery de Andrade seu eixo central. Segundo a produtora e também organizadora do Documenta Pantanal, a força e a criatividade dele para lutar contra as muitas intempéries causadas pelo assoreamento do Rio Taquari são o pilar de sustentação do documentário. Ela ainda afirma que, “mais do que um personagem real, ele é um homem que, junto de sua família, nunca desiste. Movido por sua intensa paixão pelo Pantanal e sabedor de sua fragilidade, Ruivaldo luta para salvar a terra onde nasceu e criou seus filhos”, diz, afirmando que Bodanzky e Farkas foram muito felizes ao registrar e contar essa história.
Para Bodanzky, que já conhecia a região desde os anos 60, a estreia de “Ruivaldo” ocorre em um momento muito oportuno. “Hoje, a temática ambiental está inserida na pauta das discussões tanto no nível nacional quanto no internacional”, diz, complementando que o filme registra, “de maneira muito serena e profunda, o que está acontecendo na região e as possíveis soluções para esse ecossistema tão importante como o Pantanal”.
Produzido entre março de 2018 e agosto de 2019, o documentário tem duração de 46 minutos e foi filmado em várias regiões do Pantanal. Nesses 17 meses foram realizadas seis viagens para pesquisas, entrevistas e tomadas aéreas com drone. No total, 44 profissionais estiveram envolvidos diretamente na produção, que utilizou aviões de pequeno porte, embarcações, carros e barco voadeira como meio de locomoção pelo extenso bioma.
Após a première em Bruxelas o filme será exibido em escolas brasileiras e participará de festivais. Além disso, também estão previstas projeções especiais em Corumbá e Campo Grande.
Aqui, dropbox com trailer do filme:
https://www.dropbox.com/s/0cll4js0wztfemr/Pantanal-Trailer-v4.mp4?dl=0