Foto – Áthila Bertoncini
POR – PROJETO MEROS DO BRASIL / NEO MONDO
O Projeto Meros do Brasil (PMB), que é patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, lança uma campanha de pesquisa cidadã sobre a contribuição econômica da atividade de mergulho com meros no Brasil. Os meros (Epinephelus itajara) são uma espécie de peixe marinho da família das garoupas, chernes e badejos, e estão criticamente ameaçados de extinção e protegidos por Lei desde 2002.
Como funciona: mergulhadores e mergulhadoras, de diversas modalidades de todo o Brasil, responderão a um formulário eletrônico que leva cerca de 10 minutos para ser preenchido.
O questionário será divulgado na Homepage Oficial, Instagram e Facebook do PMB, na grande mídia e em veículos de comunicação especializados. O link também poderá ser compartilhado por e-mail e grupos de mensagens.
A pesquisa pode ser respondida até o dia 30 de novembro AQUI.
Perguntas sobre modalidade, experiência de mergulho no Brasil, custos envolvidos e encontro (s) com meros fazem parte do formulário eletrônico que reunirá os dados que irão compor pesquisa do Projeto.
Essa forma de colaboração e envolvimento do público em pesquisas científicas é conhecida como Ciência cidadã (Citizen Science) e tem recebido amplo reconhecimento científico e adeptos em todo mundo, em especial na última década. Ações de ciência cidadã já são desenvolvidas pelo Projeto desde 2002.
Foto – Áthila Bertoncini
Foto – Áthila BertonciniHoje, no Brasil, existem aproximadamente 200 mil mergulhadores certificados. Esse número pode ser ainda muito superior considerando os praticantes de apneia e pesca submarina. Ou seja, é público que tem uma contribuição imensamente relevante na conservação dos meros.
“Esses resultados nos permitirão estimar o valor que os meros vivos na natureza possuem. Nos permitirá também evidenciar que a espécie tem um imenso potencial de gerar renda sem que seja utilizada para fins de consumo humano”, afirma a coordenadora nacional do PMB, Maíra Borgonha.
Já o pesquisador Cleiton Jardeweski, responsável pela valoração econômica no Projeto, destaca a importância da “economia do meio ambiente” em que uma série de ferramentas e estratégias podem ajudar na conservação de uma espécie.
“Esse questionário nos ajudará a diagnosticar quais são os locais onde a atividade de mergulho com os meros é relevante no Brasil e fomentar um olhar local de conservação. Também poderemos mapear potenciais locais para ações de Políticas Públicas além de aumentar o Produto Interno Bruto local. Em resumo, mostrar que é possível a relação ganha-ganha: conservação e economia”.
Sobre o mero
Por ser um peixe de crescimento lento, que reproduz tardiamente, atinge grande tamanho (pode chegar a dois metros de comprimento e 400 kg de peso) e habitante dos ecossistemas costeiro e marinho a espécie é muito vulnerável às atividades antrópicas, como a pesca, destruição de habitat e poluição. Seu status é o de Criticamente Ameaçado no Brasil.
Ele forma cardumes, conhecidos como agregações, em épocas e locais específicos com a finalidade de encontrar parceiros para a reprodução ou ainda para alimentar-se. Atualmente, o mero é tido como um símbolo de conservação e proteção dos ambientes costeiros e marinhos.
Com mais de 17 anos de atuação, O PMB desenvolve ações em nove estados litorâneos do país: Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Pernambuco e Pará.
